São Paulo, segunda-feira, 21 de abril de 1997
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Detroit tinha os MC5

RUBENS LEME COSTA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Surgidos no fim dos anos 60, junto com os Stooges -a quem chamavam de "caçulas"-, os MC5 eram a melhor tradução da "cena de Detroit", de onde ambas as bandas vieram.
Detroit (ou "Motor City", origem do nome do quinteto) estava distante, geografica e culturalmente, do hippismo californiano e da (já nem tanto) "swinging London".
O MC5 não fugia ao espírito do tempo. Seus shows eram frequentemente encerrados com a queima da bandeira americana.
A banda também era ligada aos White Panthers -versão anarquista e branca dos Panteras Negras, comandada pelo empresário do grupo, John Sinclair.
Seu primeiro disco, "Kick Out the Jams" (69), é uma das gravações ao vivo mais sujas e pesadas de todos os tempos.
O grito de guerra da faixa-título -"Kick out the jams, motherfuckers!" (algo como "botem tudo para fora, filhos da puta")- contribuiu para bani-los da programação das rádios.
A banda lançou apenas mais dois discos -"Back in the USA" (70) e "High Time" (71)- e se desfez.
Dois de seus principais membros -o vocalista Rob Tyner e o guitarrista Fred "Sonic" Smith- já morreram.
(RLC)

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