São Paulo, segunda-feira, 21 de abril de 1997
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Netanyahu deve sair, diz o ex-premiê Shimon Peres

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O líder trabalhista israelense, Shimon Peres, pediu a renúncia de Binyamin Netanyahu, mesmo depois de a Procuradoria Geral israelense ter decidido, por falta de provas, não processar o premiê em escândalo de tráfico de influência.
Peres disse ser inconcebível que o primeiro-ministro prossiga ocupando o cargo sob a "sombra da desconfiança".
"No meu modo de ver, para a segurança do país e por respeito aos cidadãos israelenses, o primeiro-ministro deve levantar-se, renunciar e ir embora."
Novas eleições
Apesar de reconhecer um problema na falta de provas, Peres defende a convocação de novas eleições no país.
"Não há evidências suficientes para levar o primeiro-ministro a um tribunal, mas há evidências suficientes para levá-lo mais uma vez ao julgamento popular."
O principal candidato a chefe do Partido Trabalhista, Ehud Barak, disse que é difícil Netanyahu continuar governando sob as críticas geradas pelo episódio.
"Toda pessoa honesta deve estar perguntando se aceita a autoridade moral de um homem que só não foi processado devido à insuficiência de provas."
O negociador-chefe palestino, Saeb Erakat, disse temer que Netanyahu acentue "sua intransigência" no processo de paz.
"Temo que, para tentar reparar os danos produzidos pelo escândalo, ele intensifique sua política de colonização dos territórios palestinos e de 'judaização' de Jerusalém", afirmou Erakat.

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