São Paulo, quarta-feira, 23 de abril de 1997 |
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Fiesp vê mais protecionismo
DA REPORTAGEM LOCAL A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) teme que o selo social sirva como mais uma desculpa dos países desenvolvidos para a adoção de medidas protecionistas contra nações emergentes.Segundo o diretor Giulio Lattes, a criação do selo seria uma medida exagerada e que nivelaria por baixo os países que não o recebessem. "No Brasil há trabalho escravo e infantil, mas isso não é regra, é exceção. Se o país não receber o selo, estará no mesmo patamar de nações que não respeitam os direitos humanos mínimos", afirma. Além disso, o empresário acha que a adoção do selo teria menos efeitos sobre a melhora do bem-estar dos trabalhadores que sobre as disputas comerciais entre os países. "Os trabalhadores dos países que forem marginalizados acabarão sofrendo as consequências e a situação para eles pode piorar." Lugar certo Lattes acha que a discussão de temas ligados ao trabalho devem ser discutidos apenas na OIT que, para ele, é o "ambiente propício para esse debate". A Fiesp, como o governo brasileiro, descarta a idéia de que a discussão sobre a adoção de cláusulas sociais passe também a fazer parte da agenda da OMC (Organização Mundial do Comércio). Texto Anterior: Para Força, selo reforça luta contra escravidão Próximo Texto: Cosipa e estivadores não fazem acordo Índice |
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