São Paulo, quarta-feira, 23 de abril de 1997 |
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DVD vai acabar com a era dos CD-ROMs
MAIRA DA COSTA
Ainda não é certo que os DVD-Vídeo vão conseguir substituir os convenientes e amigáveis videocassetes, mas quase todos na indústria de computadores acreditam que, com o lançamento dos DVD-ROM, os CD-ROM vão se tornar completamente obsoletos. O motivo é simples: o DVD-ROM faz tudo o que o CD-ROM faz e melhor. Além de estocar mais memória por disco, o DVD-ROM também é mais rápido. Pode ler dados a 1.385 Kbytes por segundo, em comparação com 900 Kbytes por segundo dos CD-ROM de última geração. Múltiplos poderes O DVD-ROM é capaz de ler tanto CDs como DVDs e pode tocar música, vídeos e softwares gravados em ambos os formatos. Isso significa que você não vai perder nada da sua biblioteca de CDs e vai poder começar uma coleção novinha em folha dos turbinados disquinhos superpotentes. Mas não é hora (ainda) de jogar seu velho CD-ROM pela janela. Por enquanto, não existem os softwares que estão tirando proveito do novo formato. A tendência inicial da indústria está sendo a de comprimir softwares que hoje ocupam seis ou oito CDs em um único DVD, sem alterar o conteúdo. A única vantagem é a conveniência de não ter de ficar trocando os discos enquanto usa. Não é de se estranhar que um dos primeiros títulos a serem lançados no novo formato é o "Phone Disc Powerfinder USA One", da empresa Digital Directory Assistance, que publica catálogos de telefone. Por enquanto, pouca gente está querendo apostar no novo formato. A cautela se explica pela soma de dois fatores: insegurança sobre se a nova tecnologia vai pegar ou não e os altos investimentos necessários para produzir softwares em formato DVD. A previsão é que, com a chegada dos DVD-ROM às lojas, os títulos sejam lançados aos poucos, de acordo com o resultado das vendas. Enquanto isso, quem quiser investir no novo hardware vai ter que se contentar em tocar os velhos títulos em CD. Capacidade A grande diferença entre o DVD e o CD comum é a capacidade de estocar dados. Enquanto o CD tem espaço para 650 Mbytes, o DVD mais simples pode armazenar o equivalente a 4,7 Gbytes. A tecnologia de armazenamento e leitura de informações é a mesma. CD e DVD estocam dados graças a pequenos pontos gravados nas faixas do disco, invisíveis a olho nu. Quando um feixe de laser passa pelos pontos -que são organizados em forma de espiral-, o reflexo da luz decodifica os dados armazenados, transformando-os em som, gráficos, texto ou imagem. Quanto mais pontos, mais dados. É aí que está o pulo do gato. O DVD -que tem o mesmo tamanho de um CD comum- é gravado com pontos significativamente menores, o que permite maior concentração de pontos por faixa. Além disso, as faixas dos DVDs são mais próximas entre si, o que aumenta ainda mais o número total de pontos gravados por disco e, consequentemente, muito mais espaço de memória. Os dados são lidos por feixes de laser mais finos -650 nanômetros; os dos CDs comuns são de 750 nm. Texto Anterior: Programas põem projeto na Internet Próximo Texto: Conheça toda a família versátil Índice |
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