São Paulo, quarta-feira, 23 de abril de 1997
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Discussão sobre padrão divide a indústria

FREE-LANCE PARA A FOLHA, DE LOS ANGELES

Hollywood está dividida em dois times: os que abençoam a nova tecnologia DVD, e os que vêem os disquinhos como a maior ameaça aos lucros dos grandes estúdios desde o surgimento da TV a cabo.
Por conta disso, nem todos os estúdios estão embarcando no lançamento, e grandes empresas, como a Disney, preferiram não participar dos acordos iniciais.
Vão esperar para ver se o DVD decola ou se vai se tornar um produto para um nicho de mercado, como aconteceu com os laserdiscs.
Além disso, a perfeita qualidade das cópias de DVD é uma tentação para as fábricas piratas, que hoje se dedicam a reproduzir a voz de Michael Jackson sem dar um tostão de retorno ao bad boy.
A solução encontrada para os DVD -depois de meses de discussão e atrasos no lançamento, inicialmente previsto para meados de 96- foi a de codificar os filmes, para que as cópias piratas fiquem ilegíveis.
Além disso, os estúdios resolveram dividir o mundo em zonas, não só para reprimir a pirataria, como para controlar o momento do lançamento dos filmes em cada mercado, uma vez que as estréias nos cinemas não são simultâneas no mundo inteiro.
Isso evita que um turista paulista em visita à Disneylândia leve para casa, por exemplo, uma cópia em DVD de um filme do Batman que ainda não tenha chegado às telas dos cinemas brasileiros.
Os toca-DVDs vão ser programados de acordo com suas áreas e não vão conseguir ler discos com códigos diferentes. Dessa forma, toca-DVDs comprados em um país não serão capazes de ler DVDs comprados fora de sua zona.
Os entendimentos entre os estúdios, entretanto, ainda estão em andamento. As decisões são temporárias. Há seis zonas definidas, mas o mapa final pode mudar.
São as seguintes: 1, América do Norte; 2, Japão, Europa, Oriente Médio, e África do Sul; 3, Ásia sul; 4, Austrália, Nova Zelândia, Américas Central e do Sul (nós!); 5, Ásia norte e África norte; 6, China.

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