São Paulo, sexta-feira, 25 de abril de 1997
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Simpósio de culinária de Oxford discute peixes

NINA HORTA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Chegou o convite para o simpósio de comida e culinária de Oxford, Inglaterra. O lugar é o Saint Antony's College, e acontece de 18 a 20 de julho de 1997. O tema é "Peixe - Alimento das Águas".
Em 1978, Alan Davidson, ex-embaixador da Inglaterra no Vietnã e Theodore Zeldin, conhecido historiador, se reuniram com uma boa idéia na cabeça. Tratar de uma das mais antigas funções da universidade: a reflexão sobre o cotidiano. No caso, a comida.
Atualmente o pequeno simpósio, com número limitado de inscrições, é um dos mais prestigiados do mundo. Sem pompas, sem marketing, com extrema simplicidade, discutem-se trabalhos (às vezes de apenas uma página) mandados pelos participantes. O tempo é pouco e o que sobra do seminário são muitas questões para se pensar em casa.
Quem convida -e estendo aos leitores o convite- é Harlan Walker, o organizador.
O tema "peixes" foi escolhido no último simpósio, talvez por influência de Alan Davidson, um grande especialista em peixes de todos os mares e com vários livros publicados sobre o assunto.
Tem como complemento "Alimento das Águas", pois os peixes não incluiriam os crustáceos. E muita gente quer discuti-lo. Se o assunto fosse "frutos do mar" excluiria peixes de água doce, também uma pena.
O que não pode acontecer é que o subtítulo desvie os participantes por vias não navegáveis. Hipopótamos, castores e todas as aves, até os pingüins, estão fora. Os mamíferos marinhos, baleias, golfinhos e até focas estão incluídos. Também os répteis como as tartarugas e jacarés.
E os anfíbios? Por que não? E quem poderá impedir a discussão sobre algas, apesar de arbitrária e não muito lógica?
O critério de assuntos não deve ser excessivamente rígido, mas também não podemos nos perder num leque muito vasto e vago.
Queremos nos divertir em Oxford, mas os trabalhos publicados precisam de uma certa ordem para que venham a ser úteis e compreensíveis.
É importante que apareçam trabalhos de assuntos gerais como a poluição de rios e mares, a extinção de espécies, a introdução de espécies estranhas em, por exemplo, lagos ingleses e rios brasileiros. Não devemos nos esquecer de aspectos da criação de peixes, dos problemas políticos passados e presentes.
Não é por falta de assunto que vamos morrer! Nem pela boca. Há jantares divertidíssimos lá.
Os trabalhos precisam ser mandados até, no máximo, 1º de junho, senão não haverá tempo para distribui-los e enviá-los aos participantes com antecedência. Isto é importante, pois dá aos interessados a oportunidade de se informarem antes, motivando boas discussões. Além disso, os trabalhos não são lidos e sim comentados e ilustrados.
O trabalho premiado em 1997, ganhador do prêmio Sophie Coe, será anunciado no simpósio. Para detalhes sobre o prêmio de U$ 1.000 (por ensaio, artigo ou trabalho sobre alimentação com enfoque histórico), entrar em contato com o organizador.
O preço por pessoa é de U$ 42, com todos os impressos, e U$ 67 por duas pessoas com um só conjunto de impressos.
No caso de participantes estrangeiros, se os métodos convencionais de pagamento não forem possíveis, o pagamento pode ser feito na hora, contanto que a ida seja confirmada.
Para mais detalhes entrar em contato com o organizador por telefone ou fax (00-44-121-429-1779). O endereço de Harlan Walker é: 294 Hagley Road, Birmingham B17 8 D.J, England.

E-mail ninahort@sanet com.br

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