São Paulo, sábado, 26 de abril de 1997
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'Síndrome da milha' desafia os brasileiros

FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A NAZARETH

Vencer a "síndrome da uma milha" é o principal desafio dos pilotos brasileiros no fim-de-semana.
Amanhã, em Nazareth (EUA), será disputada a primeira corrida do ano em ovais curtos -com apenas uma milha de extensão.
O Brasil nunca obteve bons resultados nesse tipo de circuito. Além de Emerson Fittipaldi, que venceu em todas as configurações de pistas, apenas André Ribeiro ganhou uma prova em oval curto (New Hampshire, em 95).
Segundo os pilotos, a maior dificuldade nos ovais de uma milha é manter o acerto do carro durante toda a corrida.
A pista de Nazareth é composta basicamente por três curvas e uma pequena reta. Os pilotos usam os freios apenas nas curvas dois e três.
"Meu carro está saindo de frente na curva três. Quando acertamos esse problema, ele começa a sair de traseira na curva dois", disse Gualter Salles, piloto da Davis.
Para Gil de Ferran, da Walker, qualquer oval curto é mais difícil que uma pista mista. "Temos que fazer um trabalho mais especializado. É duro acertar para que o carro dure toda a prova", afirmou.
Dificuldade
André Ribeiro, da Tasman, concorda com Ferran. "O que as pistas curtas têm em comum é a dificuldade em acertar o carro", disse. "Quem consegue um acerto constante durante toda a prova acaba se dando bem."
Mauricio Gugelmin, da PacWest, e Raul Boesel, da Brahma-Patrick, dizem estar trabalhando para que seus carros não escapem de traseira.
Para Gugelmin, a curva dois é a mais complicada do circuito de Nazareth. "Em pistas curtas, todos andam muito próximos, tirando a pressão aerodinâmica de quem vem atrás. A turbulência é forte", afirmou.
"O segredo é não sair de traseira. Se o carro dá uma escapada e você tira o pé do acelerador, acaba ficando lá para trás", disse Boesel.

O jornalista Fábio Seixas viaja a Nazareth a convite da Souza Cruz

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