São Paulo, domingo, 27 de abril de 1997
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Madeireira vai poder explorar Amazônia

AUGUSTO GAZIR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo federal inicia ainda neste semestre um processo de distribuição de concessões para madeireiras explorarem as Flonas (Florestas Nacionais) da região amazônica.
As flonas são áreas públicas, administradas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
O primeiro edital de concorrência estava previsto para ser publicado até o final deste mês.
O documento vai tratar da concessão da Floresta Nacional de Tapajós (PA), com 600 mil hectares e 62 tipos diferentes de madeira absorvidos pelo mercado.
"Com as concessões, o governo vai poder regulamentar o mercado e desenvolver projetos-modelo. A exploração sendo organizada dentro das áreas do Ibama ajuda também a organizar fora", disse José de Arimatéa, o chefe do Departamento de Recursos Florestais do Ibama.
Arimatéa afirmou que nenhuma das 26 flonas existentes na Amazônia possui atualmente regime de produção com extração e comercialização organizadas.
O país tem ao todo 39 dessas florestas. Nas regiões Sul e Sudeste, algumas flonas já receberam o parecer que permite o regime de exploração, como a de Capão Bonito, em São Paulo.
Experiência
O Instituto, segundo Arimatéa, já definiu quais são as cinco primeiras flonas que passar a ser administradas sob o novo processo de concessões.
Além de Tapajós, as outras áreas são a de Caxiuanã (PA), Tefé (AM), Jamari (RO) e Bom Futuro (RO). O prazo das concessões ainda não está definido.
A princípio, o ciclo de corte (que é o período que a área explorada leva para estar de novo pronta para o corte) na região da Amazônia é de 30 anos, o que determinaria o prazo fixado para a concessão por esse prazo.

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