São Paulo, sexta-feira, 2 de maio de 1997
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CUT planeja greve contra desemprego

FÁBIO ZANINI
DA AGÊNCIA FOLHA, NO ABCD

A CUT e o MST pretendem convocar uma paralisação nacional contra o desemprego e pela reforma agrária no próximo dia 25 de julho, Dia do Trabalhador Rural.
A idéia foi lançada ontem pelo presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, em ato político no paço municipal de São Bernardo (SP).
"Um dia de paralisação nacional seria muito importante para consolidar a oposição à política do governo", disse Vicentinho.
Segundo ele, a forma e a data da greve ainda vão ser discutidas dentro da central. "As coisas neste governo só se resolvem com pressão popular. É isso que vamos fazer", disse.
Em junho do ano passado, uma greve conjunta da CUT, Força Sindical e CGT paralisou 12 milhões de trabalhadores, segundo os organizadores.
A proposta de greve foi recebida com entusiasmo pelo diretor nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) Gilmar Mauro, também presente ao ato.
"Vamos paralisar todos os assentamentos e mobilizar os trabalhadores acampados se o movimento for deflagrado", afirmou.
Salário mínimo
Vicentinho defendeu a elevação do salário mínimo para R$ 800. "Claro que não dá para fazer esse aumento de uma hora para outra. O que queremos é uma recuperação gradativa do poder de compra do salário mínimo. Para começar, o governo poderia dobrar o valor até dezembro", afirmou.
O valor do mínimo e o desemprego foram dois dos temas mais presentes nos discursos dos manifestantes.
'Caos social'
O presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que a situação do desemprego no país é alarmante. "Ou se toma uma atitude rapidamente, com investimentos em produção, ou haverá um caos de ordem social", disse.

LEIA MAIS sobre o Dia do Trabalho nas págs. 2-3 e 2-4

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