São Paulo, sexta-feira, 2 de maio de 1997 |
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Eletro-rock funk pop psicodélico
LÚCIO RIBEIRO
O duo britânico Chemical Brothers -formado por Ed Simons e Tom Rowlands, que na verdade não são irmãos- já foi "analisado" pelas sisudas revistas "Newsweek" e "Time". Recebeu destaque em uma edição recente do caderno "Mais!" da Folha. No Brasil, a gravadora Virgin promete há semanas o lançamento de "Dig Your Own Hole", segundo álbum dos Brothers, mas o adia por "defeito no master". Será ainda cedo demais para chamar o duo tecno britânico Chemical Brothers de "the next big thing", a próxima grande aposta da indústria musical neste fim de século? "Nós só queremos que as pessoas se divirtam", disse Simons à Folha com exclusividade, no último sábado, na porta do Aragon Ballroom, um ex-teatro imenso no subúrbio de Chicago, nos Estados Unidos, que, poucas horas depois, completamente lotado, iria testemunhar, em show que integra a turnê de invasão da América da dupla, com quantas batidas se faz uma revolução. * Folha - As principais revistas de música dos Estados Unidos estamparam em suas páginas nos últimos meses que a música tecno está matando o rock. Os Chemical Brothers vieram à América para fazer o funeral das guitarras? Ed Simons - Não acho que o tecno esteja matando o rock. Na verdade até considero os Chemical Brothers uma banda de rock. Só damos menos espaço a guitarras e mais a uma concepção eletrônica de batida acelerada que tem, o mesmo propósito clássico do rock'n'roll: fazer as pessoas balançarem. Não é isso que qualquer música de bandas como Primal Scream, Oasis, Nirvana faz? "It rocks". Folha - Como foi o primeiro show desta nova turnê dos Chemical Brothers nos Estados Unidos anteontem (quinta, dia 24), em Dallas? Simons - Foi inacreditável. Já tocamos aqui outras vezes, mas para a estréia desta turnê estávamos um pouco nervosos. Falaram muito de nosso álbum antes mesmo de ele ser lançado, e agora na turnê não queríamos que nada saísse errado. Mas o público estava excitado, pronto para ter uma festa, e nós botamos todo mundo para dançar. Nós só queremos que as pessoas se divirtam tanto quanto nós nos divertimos discotecando. Folha - O que significa para uma dupla de música tecno botar um álbum recém-lançado direto no 14º lugar da parada da "Billboard"? Simons - Isso é muito legal. Dá vontade de ficarmos bêbados e discotecar a noite inteira em um show ou em um clube. Próximo Texto: Batidas arrasam quarteirão em Chicago, EUA Índice |
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