São Paulo, domingo, 4 de maio de 1997
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Eles só paqueram de pileque

DA REPORTAGEM LOCAL

Homem que precisa beber para se aproximar dessas mulheres nunca vai conseguir chegar perto o suficiente. Elas reconhecem o bafo de álcool de longe.
"Conheço esse tipo à distância", diz a estudante Érica Fischer, 20. "De noite ele é um doce, no outro dia nem lembra de você."
Érica conta que está passando por isso no momento. "Tem um cara na faculdade que só fala comigo quando está bêbado", diz.
"De dia, sóbrio, ele nem sequer me cumprimenta", continua.
Ela explica que, sóbrio, o rapaz "nem é de se jogar fora". "Mas comigo já perdeu umas boas oportunidades de se dar bem."
Para a empresária Helena Cardoso, 34, o pior homem é aquele que bebe para tomar coragem e ainda faz da bebedeira um assunto.
"É o tipo que, quando repara que não está agradando, passa a dizer que bebe por fraqueza, timidez, é um saco", diz."Se deixar, ainda baba no teu ombro."
Ela afirma que, com um tipo assim, não há garantia antes, durante, nem depois.
"Antes de tentar te levar para cama, ele vai dizer uma porção de coisas fantásticas", afirma.
"Em seguida, caso consiga, ele vai falhar (porque o álcool ajuda a princípio, mas derruba depois)."
"Por fim, ele vai (na sequência) virar para o lado, roncar ruidosamente e, no dia seguinte, te estranhar com a mesma sinceridade que te desejou na noite anterior."

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