São Paulo, domingo, 11 de maio de 1997
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Scarpa recebia os fardos de algodão

LUÍS PEREZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Quem pensa que ele nunca trabalhou está enganado. "Comecei aos 15 anos de idade, na Fiação e Tecidos Nossa Senhora do Carmo", conta Chiquinho Scarpa, 45. Na empresa, em Sorocaba (87 km a oeste de São Paulo), recebia os caminhões com fardos de algodão.
"Os caminhões paravam e desciam os fardos", lembra ele, que faz uma brincadeira. "Eles então diziam: 'Olha lá o filho do dono' e jogavam os fardos bem em cima de mim." Passou depois por vários setores -abertura dos fardos, tinturaria, vendas, entre outros.
"Aos 25 anos, quando assumi a presidência das Organizações Scarpa, conhecia cada parafuso." Depois, passou por outras empresas da família, como a Skol.
Mesmo assim, nega o rótulo de filhinho de papai. "Meu pai nunca deu moleza", diz o herdeiro dos Scarpa, que mora em uma praça nos Jardins (zona sul de São Paulo) que leva o nome de seu avô, Nicolau Scarpa, e trabalha na avenida Paulista, no edifício Scarpa.
Segundo ele, de salário mesmo, hoje recebe R$ 1.086. No entanto, ao ser questionado sobre o quanto ganha, responde: "O suficiente para viver bem".

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