São Paulo, domingo, 11 de maio de 1997 |
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Brasil faz o teste inaugural da 'Era Lattari'
JOSÉ ALAN DIAS
Os confrontos, que acontecem na cidade grega de Alexandrópolis, são preparatórios para a estréia na Liga Mundial contra a Bulgária, sexta-feira, em Sófia. Estará posto à prova o novo esquema tático do Brasil, que prioriza o bloqueio e o ataque. "Perderemos na recepção e defesa. Vamos ver se a relação custo-benefício vai compensar." Para poder contar com Marcelo Negrão e Max atacando pelas pontas, Lattari escalou Carlão como principal passador da equipe. E adotou a figura do líbero (especialista em defesa, que não pode atacar ou bloquear). O papel será desempenhado por Kid. Preocupado com a estatura da seleção, promove a estréia do meio-de-rede Gustavo, 21, 2,05 m, que vai atuar ao lado do veterano Paulão. Marcelo será o levantador. "O Gustavo é o primeiro dos jovens centrais em que eu estou apostando. Somos carentes de bons jogadores nessa posição." Lattari tenta se adaptar ao regulamento da Liga Mundial, que obriga a presença de nove jogadores que estiveram nos Jogos de 96. Como o levantador Leandro, que disputou a Olimpíada, foi operado no joelho direito, a seleção conseguiu reduzir o número para oito. Doze jogadores podem ser inscritos para cada partida. Assim, eliminados os oito "olímpicos", sobram quatro vagas. Dessas, os levantadores Marcelo e Ricardinho ocuparam duas vagas. Uma terceira ficou com o líbero Kid. Restou, portanto, um lugar para ser disputado por Itápolis, Giba, Douglas e Braz, além do "escolhido" Gustavo. "Não significa que o grupo esteja fechado. Serei obrigado a fazer um rodízio na Liga Mundial para dar oportunidade aos outros." Prioridade A Grécia foi escolhida como adversário dos jogos-treinos por ter um estilo parecido com o da seleção búlgara. Além da Bulgária, o Brasil terá como adversários no Grupo A as seleções da Argentina e Japão. A Liga Mundial é disputada por 12 seleções, divididas em 3 grupos. Dois representantes de cada grupo passam às finais, disputadas em setembro, em Moscou (Rússia). O objetivo do técnico é conseguir se classificar para essa etapa, ainda que não veja chances de a seleção lutar pelo título. "Estamos começando um trabalho de renovação. Estamos visando o Mundial de 98. Chegar a Moscou será importante porque teremos a oportunidade de enfrentar as maiores seleções do mundo." As melhores na opinião do técnico são as equipes da Itália e da Holanda, mas, para ele, a principal favorita é a anfitriã Rússia. "Eles têm uma vantagem muito grande sobre os demais. Além de ter um grande time, não precisam disputar a fase qualificatória. Enquanto os outros se engalfinham, os russos podem treinar e chegar mais bem preparados." O técnico estreante pede paciência para que a seleção volte a apresentar resultados expressivos. "É preciso que todos entendam que estamos iniciando um trabalho novo. Esse é um grupo forte, mas a garotada precisa de apoio para poder crescer." Texto Anterior: O grid de largada Próximo Texto: Gustavo se diz espantado Índice |
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