São Paulo, domingo, 11 de maio de 1997 |
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'Acordado' por pesquisa, premiê vai ao ataque
MARTA AVANCINI
Juppé é o líder da campanha RPR-UDF e um dos primeiros-ministros mais impopulares que a França já teve, com um índice de aprovação em torno de 28%. Seu retorno à campanha eleitoral foi agressivo. Ele desafiou os socialistas a explicar como pretendem implantar suas propostas. Os pontos escolhidos foram a criação de 700 mil empregos para os jovens, a revogação da Lei Debré (de controle da imigração), as privatizações e a presença de ministros comunistas em um eventual governo de esquerda. O socialista Lionel Jospin chamou as exigências de Juppé de "bravatas". A postura de Juppé indica uma tentativa do governo de recuperar o terreno perdido. O artigo publicado pelo presidente Jacques Chirac na imprensa regional na última quarta foi uma primeira tentativa nesse sentido. Na última semana, três pesquisas apontaram o crescimento da esquerda e a queda da coalizão de direita. Cálculo feito pelo jornal "Le Monde" a partir dos resultados dos levantamentos dá à coligação RPR-UDF e a outros partidos de direita uma média de 38% das intenções de votos. O percentual é igual à soma do desempenho dos socialistas e comunistas. O Partido Verde teria 6%, a extrema esquerda, 1,5%, a Frente Nacional, 16%, e outros partidos, 0,5%. Se isso ocorrer, Chirac será derrotado e provavelmente não terá o apoio para implementar as medidas de ajuste aos critérios do Tratado de Maastricht. Este foi um dos principais argumentos para a antecipação das eleições, previstas para março de 1998. (MA) Texto Anterior: Extrema direita pode decidir na França Próximo Texto: Esquerda enfrenta divisão Índice |
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