São Paulo, terça-feira, 13 de maio de 1997
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Tuma quer investigação formal

DA REPORTAGEM LOCAL

O senado Romeu Tuma (PFL-SP) vai pedir na sexta-feira que o Ministério Público Federal em São Paulo inicie uma investigação formal das irregularidades na emissão de títulos públicos para pagamento de precatórios.
O Ministério Público colabora informalmente com a CPI dos Precatórios e só pretendia iniciar sua investigação depois que o Congresso concluísse seus trabalhos.
Tuma acredita que isso não é necessário. Em sua opinião, com uma investigação formal, o Ministério Público poderia pedir providências judiciais para identificar os responsáveis e os favorecidos pelo esquema dos precatórios.
Ontem, Tuma e os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Vilson Kleinubing (PFL-SC) acompanharam na PF (Polícia Federal) em São Paulo a acareação entre Sérgio Chiamarelli Júnior (ex-diretor financeiro da corretora Split), Dalva Gonçalves de Carvalho (ex-secretária da Split) e Pedro Mammana (que seria o elo de ligação entre a Split e a IBF Factoring).
Tuma afirmou que há contradições nos depoimentos e disse estar convencido de que Pedro Mammana está mentindo.
Mammana nega ter sido o elo de ligação entre a Split e a IBF.
Hoje haverá nova acareação entre Mammana, Chiamarelli e o dono da IBF, Ibrahim Borges Filho, que não esteve na PF ontem.
Depois da acareação, Suplicy disse que o empresário Manoel Moreira Filho revelou o nome de outro banco nos Estados Unidos onde o ex-coordenador da Dívida Pública de São Paulo Wagner Ramos teria conta: o ING Bank.
Moreira depôs na semana passada na PF e, segundo Suplicy, disse que o ex-prefeito Paulo Maluf teria sido o idealizador do esquema dos precatórios.

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