São Paulo, terça-feira, 13 de maio de 1997 |
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Apoio no plenário subiu antes do voto
FERNANDO RODRIGUES
A emenda acabou aprovada com folga, apesar de pesquisas com deputados indicarem que o governo teria dificuldades. Uma enquete realizada pela Folha em janeiro passado registrou apenas 228 votos a favor da emenda da reeleição. No dia da votação em primeiro turno na Câmara, 28 de janeiro, 336 deputados foram favoráveis. Segundo os governistas, o erro teria sido da Folha. O jornal teria sido enganado por deputados que preferiam não dizer claramente como votariam. Na enquete, havia 71 indecisos e 63 que afirmavam ser a favor do direito de reeleição só para os próximos governantes. Para que uma emenda constitucional seja aprovada são necessários três quintos dos votos de todos os deputados e senadores. A votação de uma emenda se dá sempre em dois turnos na Câmara e no Senado. A fase da Câmara já está encerrada. Os deputados votaram o segundo turno da reeleição em 25 de fevereiro. No segundo turno, a votação favorável cresceu. Foram 368 votos a favor da reeleição -60 a mais do que o mínimo necessário. Encerrada a votação na Câmara, a emenda seguiu para o Senado. Nessa Casa, está para ser votada nos próximos dias. Emendas A emenda aguarda o relator, senador Francelino Pereira (PFL-MG), acatar ou não várias emendas que foram apresentadas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). As discussões na CCJ serão retomadas hoje. A previsão dos governistas é de que a votação ocorre amanhã. Francelino tem dado a entender que não vai acatar nenhuma das emendas. É que alguma modificação forçaria uma nova votação por parte dos deputados. Antes de colocar o texto em votação no Senado, entretanto, o Palácio do Planalto está trabalhando para aplacar as críticas de cerca de 30 senadores. Esses senadores, potenciais candidatos aos governos de seus Estados, desejam impor restrições para a reeleição de governadores e de prefeitos. Há emendas que propõem essas modificações no texto da reeleição. Uma das possibilidades consideradas pelo Planalto é prometer aos senadores regular esse tipo de restrição a governadores e a prefeitos por meio de uma lei. A idéia é impor a governadores e prefeitos um período de desincompatibilização antes da reeleição. Só o presidente da República ficaria liberado para disputar mais um mandato no cargo. (FR) Texto Anterior: Deputado diz que vendeu seu voto a favor da reeleição por R$ 200 mil Próximo Texto: Governadores do Acre e Amazonas negociaram pagamento a políticos Índice |
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