São Paulo, terça-feira, 13 de maio de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Órgão paulistano promove atividades variadas

DA REPORTAGEM LOCAL

Considerado um dos mais importantes órgãos da Secretaria Municipal de Cultura, o Centro Cultural São Paulo tem quatro salas e duas áreas alternativas para apresentação de peças, espetáculos de dança e shows.
Em uma das salas, é desenvolvida uma programação para mostras de cinema e de vídeo. Outras três áreas são destinadas a exposições de fotografias, pinturas e esculturas.
Além disso, o Centro Cultural São Paulo conta com três bibliotecas -uma com dez mil títulos sobre arquitetura e artes visuais, outra, com 123 mil títulos de caráter multidisciplinar, e uma terceira, com livros, revistas e jornais em braile.
Considerada a "menina dos olhos" na divisão de bibliotecas, o acervo da Discoteca Pública Municipal, criada em 1935 por Mario de Andrade, está à disposição do público no Centro Cultural, e tem 80 mil discos, 370 CDs e 5.000 fitas, além de livros, partituras e hemeroteca (com jornais e revistas) sobre música brasileira.
Para manter toda a programação, o Centro Cultural recebeu orçamento de R$ 10,7 milhões, o que corresponde a 10% do orçamento total de 1997 da Secretaria Municipal de Cultura.
No ano passado, o Centro Cultural São Paulo promoveu 77 exposições, 71 espetáculos teatrais e 51 de dança estiveram em cartaz, 135 shows de música popular e 45 de música erudita foram apresentados e 279 filmes exibidos.
"O Centro Cultural São Paulo se transformou em um 'point' cultural em São Paulo. A política que adotamos foi de estimular eventos multiculturais e o pleno uso dos equipamentos do órgão", afirmou o secretário municipal da Cultura, Rodolfo Konder.
Nos 15 anos de existência, o Centro Cultural São Paulo teve períodos de efervescência cultural. Uma fase em que o CCSP se fez conhecer por bancar projetos de risco foi entre 90 e 93.
"A idéia era explicitar posições antagônicas na arte. Por um lado, estimulando a formação de novos artistas em projetos mais experimentais, e, por outro, atraindo trabalhos mais consolidados que provocassem um diálogo mais provocativo", afirmou Sonia Salzstein, responsável pelo setor de artes visuais no período.
Essa política, de certa forma, foi mantida, segundo a atual diretora do Centro Cultural São Paulo, Miriam Bolsoni.
"Hoje trabalhamos com duas vertentes: a primeira é promover eventos novos, com artistas novos. A segunda é dar ao público acesso a trabalhos de artistas mais consagrados", disse Bolsoni.
Para Salzstein, no Rio de Janeiro existe um maior número de espaços com esse espírito aberto a formação de novos artistas, como o Espaço Light e o Centro Cultural Banco do Brasil.
"Em São Paulo, o Centro Cultural é hoje o espaço que continua a ser receptivo ao trabalho de artistas jovens. É o espaço que acolhe a arte contemporânea emergente", disse.

Texto Anterior: Festa inclui show de Cordeiro
Próximo Texto: Ezralow faz apresentação única em SP
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.