São Paulo, terça-feira, 13 de maio de 1997
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Delírio; Solidariedade; Homem x máquina; Porto de Santos; Esclarecimento

Delírio
"A propósito do artigo 'A Fiesp e a política', do jornalista Fernando Rodrigues, publicado na edição de 10/5, temos a esclarecer:
1) só por delírio alguém pode imaginar que 'o governo' determina o que se decide na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, sobretudo no que diz respeito à sucessão de seus dirigentes;
2) outra balela é a conversa de que 'um grupo de tucanos' -entre os quais é citado o ministro Sérgio Motta- pretende influir nos destinos da Fiesp. A propósito, temos tido por parte do governo federal e do ministro das Comunicações, em particular, um tratamento leal e respeitoso;
3) a Fiesp mantém diante das autoridades federais uma atitude de total independência, apoiando o que julga correto e criticando abertamente aquilo que pode prejudicar a indústria e o país, como fizemos recentemente no caso do chamado extrateto, por meio de manifestação que mereceu manchete da Folha;
4) a leviandade com que o articulista junta, mistura e interpreta supostas informações para atacar o governo e a Fiesp seria pueril, não fosse tão mal-intencionada;
5) diante de tal amontoado de sandices, resta ao menos um consolo. Desta vez o referido jornalista não atribui a quem critica falsos problemas de saúde, como já fez antes, sendo obrigado a se retratar depois. Mas a irresponsabilidade é a mesma."
Carlos Eduardo Moreira Ferreira, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Homem x máquina
"A derrota de Kasparov pelo computador mostra a limitação da inteligência humana e o aperfeiçoamento da máquina que desenvolve raciocínio capaz de vencer o desafio na partida de xadrez.
No terceiro milênio, talvez as principais tarefas façam parte da rotina do computador, cuja atividade tende a substituir o homem na maioria das funções operacionais e técnicas."
Carlos Henrique Abrão (São Paulo, SP)

Solidariedade
"Minha solidariedade à Folha no caso das frases atribuídas ao professor Darcy Ribeiro.
As frases foram publicadas considerando um contexto específico, o que torna claramente inteligível o que o saudoso professor queria dizer.
A Folha publicou sem nenhuma intenção racista, como tenta imputar Jacob Goldberg ('Painel do Leitor', 9/5).
O racismo está na cabeça de quem lê com segundas intenções.
A Folha e o professor Darcy Ribeiro merecem respeito pelos relevantes serviços que ambos prestaram ao país."
Armando Rodrigues Silva do Prado (São Paulo, SP)

Porto de Santos
"A Folha continua pecando pela falta de democracia!
Segundo a reportagem 'Santos cobra 900% acima do custo real' (19/4), o sr. Pratini de Moraes tenta vincular eventuais altos custos de operação ao problema entre trabalhadores avulsos e Cosipa.
Pergunto: o jornalista confirmou as informações do empresário com a Codesp?
Acredito que não, pois, de outra forma, teria informado que: segundo informações do sr. Eduardo Azeredo, presidente da estatal, a Codesp reduziu em até 80% as tarifas de operação. Questionado sobre o porquê da persistência do 'custo Santos', ele teria afirmado que o problema não estaria mais no porto e sim nos intermediários.
Uma das tarifas mais pesadas que incidiam sobre as tarifas do porto de Santos era o ATP (Adicional sobre Tarifa Portuária), cuja finalidade era financiar a expansão de outros portos do país em detrimento do próprio!"
Adilson Luiz Gonçalves (Santos, SP)

Esclarecimento
"Em relação à reportagem 'Quando os maridos saem do armário', publicada em 9/3 na Revista da Folha, gostaria de esclarecer que não afirmei e jamais afirmaria que 'estou gay', como se na época estivesse hetero.
O que eu expliquei à repórter é que acredito, enquanto pesquisador, que o ideal seria não existirem rótulos, maniqueísmos e obstáculos à realização afetiva humana.
Agora, enquanto indivíduo que vive nesta sociedade ocidental contemporânea, tenho plena convicção de que sou homossexual, orgulho-me disso e defendo que as pessoas assumam sua orientação sexual.
Também não afirmei que o relacionamento com minha namorada foi uma decepção. O que eu quis dizer é que o fato de ter acabado foi decepcionante. O que eu disse várias vezes é que foi uma das coisas mais bonitas que aconteceram em minha vida."
Elias Lilikã Ribeiro de Castro, coordenador-geral do Centro Acadêmico de Estudos Homoeróticos da USP (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Gabriela Michelotti - A entrevista foi gravada.

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