São Paulo, quarta-feira, 14 de maio de 1997
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Veja como os deputados foram comprados, segundo as gravações

1 - Pauderney contata João Maia
Segundo relato do deputado João Maia (PFL-AC), toda a negociação começava com o deputado Pauderney Avelino, então do PPB do Amazonas, que sondava o parlamentar para ver se havia interesse em negociar o voto a favor da reeleição. "Esse dinheiro é do Amazonino. Promessa do Pauderney aqui. No nosso corredor aqui, falou em 200 paus. Via Serjão (Sérgio Motta, ministro das Comunicações)"

2- Luís Eduardo recebe João Maia
Segundo Maia, o parlamentar que demonstrasse interesse era encaminhado ao gabinete de Luís Eduardo Magalhães, então presidente da Câmara. "Eu falei com o Luís Eduardo. O Luís Eduardo marcou uma audiência com o Serjão (Sérgio Motta). Daí o Serjão marcou com o Amazonino." Ressalte-se que não há nenhuma declaração afirmando que Luís Eduardo sabia da venda de votos

3 - Sérgio Motta encaminha João Maia
João Maia afirma que Sérgio Motta o encaminhou ao governador Amazonino Mendes (AM). "Aquele dinheiro era dinheiro do Amazonino. Que mandou trazer por ordem do... do... menino aqui, do Serjão." Maia dá mais detalhes: "Pelo que eu sei é o seguinte: eram os 200 do Serjão, via Amazonino, que era a cota federal..." O deputado Ronivon Santiago (PFL-AC) também fala sobre a origem do dinheiro: "Quem deu foi o Sérgio Motta ao Amazonino, parece"

4 - Amazonino paga João Maia
Amazonino, segundo Maia, fechava o círculo da compra de voto, entregando o dinheiro ao parlamentar. "O dinheiro era um dinheiro que o Amazonino tinha mandado trazer. Esse era um dinheiro que nós íamos receber da cota federal..." Ronivon Santiago, em outra gravação, diz: "O Amazonino marcou dinheiro para dar (R$) 200 (mil) para mim, 200 pro João Maia, 200 para Zila (Bezerra) e 200 pro Osmir (Lima) (...) Aí chegou o Osmir, estava lá com a sacola assim... (risos). João Maia com a outra"

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