São Paulo, quarta-feira, 14 de maio de 1997 |
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Planalto não deve aceitar 'trambique cívico', diz tucano
MARTA SALOMON
O presidente do PFL, deputado José Jorge (PE), disse que só devem ser cumpridos os compromissos que não ultrapassem os "limites da ética". Ele considera as indicações políticas para cargos públicos e a liberação de recursos públicos interesses legítimos da atuação parlamentar. Em meio a denúncias de compra de votos favoráveis ao projeto de reeleição de FHC, líderes aliados ao Palácio do Planalto trataram de preservar a imagem do presidente. O desfecho ideal traçado por esses políticos é a apuração rápida das denúncias e punição dos envolvidos, sem qualquer prejuízo para a emenda que permite a FHC disputar um novo mandato em 98. Antes que Câmara conclua a sindicância, a cúpula do PFL discutirá, hoje, a expulsão do deputado Ronivon Santiago (AC). "Não é porque alguém faltou com a ética ou decoro que vai se anular a votação", insistiu o deputado Luís Eduardo (PFL-BA), depois de conversar com FHC. Os líderes governistas que participaram da negociação da reeleição negam o envolvimento do governo com a compra de votos. "Chegou o momento de pôr fim às generalidades e dar nome aos bois", disse o líder do PMDB, deputado Geddel Vieira Lima (BA), referindo-se a "quem está pressionando indevidamente o governo". "Ninguém no governo teria coragem de assumir compromissos dessa natureza", disse o líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE). Para o secretário-geral tucano, a barganha política é uma das causas da recente queda na popularidade de Fernando Henrique. Texto Anterior: FHC afirma desconhecer barganha; ministro não vê risco para emenda Próximo Texto: Assessoria diz que Motta não vai falar sobre o caso agora Índice |
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