São Paulo, quarta-feira, 14 de maio de 1997
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Escola do futuro usa realidade virtual e micro em sala de aula

GISELE RIBEIRO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A escola do futuro tem carteiras que embutem micros com chip Pentium de 100 MHz. Dá aulas de química orgânica com o auxílio da realidade virtual. Usa robôs montados com peças tipo lego para mostrar o funcionamento de tendões, músculos e articulações do corpo humano. Faz do software educacional ferramenta de apoio essencial no aprendizado.
Esses exemplos de um futuro talvez bem próximo foram mostrados na exposição Educar'97, na semana passada, em São Paulo, e já estão em funcionamento como projetos pilotos em algumas escolas do país, como o Sistema COC de Ensino, de Ribeirão Preto (SP), os colégios Objetivo e Bandeirantes, de São Paulo, e as editoras Expoente, Positivo (de Curitiba) e Edusystem, de Santos (SP).
Apesar de essa tecnologia toda estar ao alcance apenas de alunos de algumas poucas escolas particulares com condições financeiras para bancar a compra de equipamentos de última geração, há boas perspectivas também para o ensino público.
Empresas privadas, como a Compaq, a Xerox e a Microsoft, anunciaram na Educar o projeto Academia. O objetivo é capacitar, gratuitamente, professores de escolas públicas e privadas do país para o uso de todos os recursos da informática.
O MEC (Ministério da Educação e do Desporto) está investindo R$ 486 milhões, segundo a Secretaria de Educação à Distância, na informatização da rede de ensino público. E, embora com recursos subutilizados, há escolas que já montaram seus laboratórios de informática, usando as linhas de financiamento do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), do MEC.
O evento reuniu 342 expositores (130% a mais que em 96) -60% dos quais da área de informática.

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