São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 1997 |
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'Um Anjo em Minha Vida' mistura fé e orgulho
MARILENE FELINTO
Em suas orações, pede ajuda a Deus, que envia um anjo para mostrar-lhe o caminho da resolução dos problemas do bairro. O anjo negro Dudley (Denzel Washington) também ajuda o pastor a resolver a insatisfação de sua mulher também negra (Whitney Houston), descontente com o marido. Mas não há contato físico entre o anjo e a mulher do pastor. Tudo é tratado à la sexo dos anjos. Ou seja: o filme é uma bobagem irreal e sentimentalóide, que mistura mensagens de fé. A diretora -Penny Marshall, de "Renaissance Man" (1994)- é branca. A fita quer celebrar o orgulho negro americano, evocando o apelo fácil no público. Serve também para Houston cantar gospels numa igreja batista, como fazia na vida real quando menina. No filme, ela é acompanhada pelo coral gospel Georgia Mass. Para quem gosta do ritmo, talvez seja essa a única coisa suportável ali. Na verdade o filme é uma nova versão de "The Bishop's Wife" (1947), que tinha David Niven e Loretta Young como o casal e Cary Grant como o anjo. Tudo bem que Whitney Houston goste de proteção extra (fez "O Guarda-Costas"). Mas Denzel Washington, convenhamos, é melhor de carne e osso mesmo, na sua porção humana, sem asas divinas. Filme: Um Anjo em Minha Vida Produção: EUA, 1996 Direção: Penny Marshall Com: Denzel Washington e Whitney Houston Quando: a partir de hoje, nos cines Center Norte 3, Gazetinha, West Plaza 2, Center Penha 3 e circuito Texto Anterior: "Máquina contraria física", diz professor Próximo Texto: 'O Cupido Vai à Luta' une pela esperança Índice |
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