São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 1997 |
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Pressão de líder e medo de ficar sem verbas fazem PMDB recuar
LUCIO VAZ
Após reunião do PMDB da Paraíba ontem, no gabinete do deputado José Luiz Clerot (PB), o deputado Roberto Paulino (PB) relatou à Folha a preocupação da bancada: "A Paraíba é um Estado pequeno, precisa de recursos. Vamos ver se isso (CPI) não vai impedir a remessa de recursos para o Estado". Clerot, Paulino, Ivandro Cunha Lima (PB) e José Aldemir (PB) assinaram o pedido de CPI. Clerot afirmou que não vai retirar a sua assinatura. "Por que não pedem para o Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA) retirar?", perguntou. Luís Eduardo disse que não retira a sua: "Assinei por convicção. A mim o Inocêncio (líder do PFL) não vem pedir. Assinei porque o João Maia (sem partido-AC) citou o meu nome nas gravações." A articulação de Geddel, que se reuniu com os vice-líderes, começou a dar resultado ontem mesmo. O deputado Oscar Andrade (RO) confirmou que recebeu o pedido de Geddel: "Assinei no afã de atender os amigos. Mas vou atender o líder, sem pedir nada. Precisamos moralizar a Casa". Darcísio Perondi (RS) prometeu retirar seu nome: "A sindicância liquida tudo. Para que CPI?". Djalma Cesar (PR) disse que assinou o pedido "quando não havia sindicância". Genésio Bernardino (MG), que espera o resultado das apurações: "Retirarei ou não dependendo da sindicância". Parte da bancada resiste ao recuo. Moacir Micheletto (PR) foi enfático: "Não retiro. Se existe o corrupto, existe o corruptor." Edison Andrino (SC) também disse que não vai recuar. Texto Anterior: Sem 257 assinaturas, criação de CPI pode demorar anos Próximo Texto: Trechos das fitas são explícitos sobre Motta Índice |
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