São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 1997
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5ª série de MG não passa em 'provão'

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Os resultados do "provão" aplicado às turmas de 5ª série das escolas públicas de Minas Gerais revelam graves problemas que afetam o ensino no Estado.
Apesar de o teste mostrar alguns avanços no aprendizado de português e matemática, houve retrocessos em ciências, história e geografia, em comparação aos testes realizados em 1994.
A conclusão é que nas 2.817 escolas públicas testadas a situação é "preocupante", segundo a Secretaria da Educação. O índice mínimo de 50% de acertos só foi alcançado em uma disciplina das cinco testadas -português.
Realizado desde 1992 com turmas de 3ª, 5ª e 8ª séries e ainda no 2º grau, o "provão" é a principal referência que a Secretaria da Educação de Minas tem para acompanhar o desempenho dos cerca de 3 milhões de alunos e planejar melhor a educação no Estado.
Os testes para os estudantes da 5ª série, cujos resultados foram divulgados ontem, aconteceram em novembro de 96, abrangendo os 431.826 alunos da rede estadual e mais 74.506 de escolas municipais que aderiram ao programa de avaliação do governo mineiro.
Os resultados, na média do Estado, ainda são muito baixos. Apenas em português foi obtido aproveitamento de 54,5%. Das 30 questões da prova, a média de acerto foi de 16,35. Nas demais disciplinas, a média não ultrapassou 50%.
Em matemática, a média foi 48,7%. Matemática foi a disciplina em que os resultados apresentaram os maiores avanços em relação ao "provão" de 1994 (40,13%) -melhoria de 8,54 pontos percentuais. Nas outras disciplinas, os resultados foram piores. A maior queda de aproveitamento aconteceu em ciências. Caiu de 50,33%, em 94, para 41,77% -queda de 8,56 pontos percentuais.
Os resultados nas provas de história e geografia também apresentaram retrocesso. Em 94, foram 44,53% de acerto em história, contra 39,8% em 1996. O mesmo ocorreu com a disciplina de geografia -45,47%, em 94; e 38,35%, em 96 -queda de 7,12 ponto percentual.
Os resultados foram piores nos testes feitos com turmas do período noturno, comparados ao diurno. Em relação a matemática, ciências, geografia e história há variação, para baixo ou para cima, de até um ponto percentual. A maior queda foi em português, que teve aproveitamento médio de 45%.

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