São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 1997 |
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Deputados adulam Teixeira
RICARDO AMORIM
O deputado Zé Gomes da Rocha (PSD-GO) chegou a dizer para Teixeira esquecer as denúncias. "Traga a Copa América que isso acaba", disse o parlamentar. A maioria dos elogios partiu de quem não é membro da comissão. A maior parte deles fez questão de anunciar sua ligação com o futebol, seja como torcedores, ex-atletas, dirigentes, patrocinadores e até mascotes. "Já fui mascote, gandula e dirigente do Itumbiara", afirmou Zé Gomes da Rocha. O presidente da subcomissão, Eurico Miranda (PPB-RJ), tentou, sem sucesso, conter as manifestações. "Estou preocupado com a seleção, que, no momento, conta apenas com um lateral-direito. Como a CBF vai resolver esse problema?", disparou o deputado Wigberto Tartuce (PPB-DF), conhecido em Brasília pelas "peladas" que organiza em sua casa. Já o deputado Pedro Yves (PMDB-SP) preferiu lamentar o rebaixamento do São José no Brasileiro de 89, insinuando suposta manipulação de resultados. Nos momentos em que respondeu a perguntas pertinentes, Teixeira reafirmou que não sabia das pretensões eleitorais de Ivens Mendes, ex-presidente da Conaf. O deputado Eurico Miranda insistiu em saber sobre os contratos publicitários firmados pela CBF. Fez questão de ouvir de Teixeira o nome da empresa que intermediou alguns desses contratos: a Traffic, do Rio. Segundo ele, o diretor jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes, e o presidente do Flamengo, Kleber Leite, são ligados à empresa. "Por enquanto isso não prova nada, apenas que há ligações entre essas pessoas", disse, lembrando da resposta de Teixeira afirmando que é o diretor jurídico quem avaliza os contratos. A estratégia assumida por Miranda é fazer com que as informações dadas por Teixeira sejam contestadas em depoimentos futuros. Está marcado para a próxima terça o depoimento do ministro dos Esportes, Pelé. Ontem, a subcomissão aprovou ainda as convocações de Ivens Mendes, de Eduardo Farah, da Federação Paulista, além das de Alberto Dualib, do Corinthians, e de Mario Celso Petraglia, do Atlético-PR. Texto Anterior: Petraglia não depõe no Rio Próximo Texto: A nova lei do futebol Índice |
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