São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 1997
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Jogou pelo empate; Técnico do time; Recado claro; Fritura federal; Sopa no mel; Coisa nossa; Apostando alto; Queda-de-braço; Imagem manchada; Proposta tucana; O império contra-ataca; Coquetel Molotov; Sentindo a reação; Caso de polícia; Esforço concentrado; Aplausos da esquerda; Questão de imagem

Jogou pelo empate
O Planalto bancou ontem novo adiamento da votação da reforma administrativa para não correr o risco de derrota em meio à crise. Preferiu apostar no que parecia garantido: reeleição no Senado e lei de teles na Câmara.

Técnico do time
Luís Eduardo Magalhães (PFL) foi o pai da idéia de adiar a votação da reforma administrativa. Conseguiu reverter posição inicial dos líderes. Ponderou que a derrota ontem seria creditada à crise e anularia o efeito da aprovação da reeleição no Senado.

Recado claro
Conselho dado pelo tucano José Aníbal aos deputados em dúvida entre assinar ou não a CPI da Reeleição: "FHC tem gordura para queimar. O mesmo não se pode dizer do Congresso".

Fritura federal
"Esse Sérgio Amaral é o melhor redator de horóscopo do mundo. Diz muito sem dizer nada", alfineta um governista que quer abafar a CPI da Reeleição, enquanto o porta-voz fala que o governo não está atrapalhando.

Sopa no mel
Para um experiente político pefelista, deputados contrários à reforma administrativa aproveitam a crise da compra de voto na reeleição para torpedear o relatório Moreira Franco (PMDB).

Coisa nossa
A oposição suspeita que as renúncias de Ronivon Santiago e de João Maia foram estimuladas pelos governistas. "Isso está cheirando mal, está cheirando a 'omertá', a lei do silêncio da Máfia", diz Marcelo Deda (PT-SE).

Apostando alto
A oposição gostou das concessões feitas pelo governo para aprovar a quebra da estabilidade, mas não quer conversa. Acha que pode aproveitar o momento de fraqueza de FHC e levar tudo.

Queda-de-braço
Comentário de cacique tucano em Brasília sobre a morte de três sem-terra em confronto com a polícia paulista: "Covas disse que ia acabar com a PM, mas é a PM que está acabando com ele".

Imagem manchada
De James Cavallaro, da Human Rigths, sobre a morte de sem-teto paulistas: "Mais decepcionante do que o incidente foram as declarações de Covas, justificando a ação da polícia".

Proposta tucana
Lúcio Alcântara (CE) apresentou emenda que prevê revisão constitucional a cada cinco anos.

O império contra-ataca
FHC tenta sair da defensiva discursando hoje na posse dos novos ministros. "Falará sobre transparência do governo", diz um ministro. O presidente se convenceu de que a crise da reeleição pede uma resposta sua. Não adiantaria ficar calado.

Coquetel Molotov
O Planalto acha que os conflitos da polícia com "desgarrados sociais" e o incentivo do MST à radicalização dos movimentos sociais vitaminam a crise da reeleição. Por isso, dirá hoje que é importante o governo manter "a autoridade e a ordem".

Sentindo a reação
O discurso de hoje de FHC deve dar a introdução do pronunciamento em cadeia de rádio e TV, se ele vier a ocorrer na semana que vem. Ainda há dúvidas no governo sobre sua conveniência.

Caso de polícia
A polícia do Rio recuperou ontem a Mercedes-Benz 420E de Ney Suassuna (PMDB), roubada havia três dias. O carro estava batido e cheio de algemas. "Ué, bandido usa algema?", pergunta o senador paraibano.

Esforço concentrado
O ministro Dornelles passou os últimos dias tentando convencer deputados pepebistas a retirar as assinaturas do pedido de CPI sobre compra de votos.

Aplausos da esquerda
A nomeação de d. Décio Pereira como bispo de Santo André agradou muito ao movimento sindical do ABC paulista.

Questão de imagem
O líder Geddel Vieira Lima foi aconselhado por caciques peemedebistas a ser mais discreto na tarefa de evitar a CPI da Reeleição. "Pega mal para ele e para o partido", diz um deles.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
De Roberto Campos (PPB-RJ), sobre a oposição defender a CPI sobre compra de votos:
- A CPI seria um circo, que traria como único resultado prático a paralisia das reformas.

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