São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 1997 |
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Presidente deve se pronunciar hoje
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O presidente FHC vai usar hoje a solenidade de posse dos novos ministros da Justiça (Iris Rezende) e dos Transportes (Eliseu Padilha) para fazer um pronunciamento e analisar em público os últimos episódios políticos -a compra de votos para a reeleição e o impasse na votação das reformas.Vai aproveitar também para fazer um balanço do seu governo e reafirmar que não mudará, em nada, a sua linha de trabalho. A Folha apurou que, se não considerar satisfatório o resultado desse pronunciamento hoje, FHC poderá se valer de outros meios e aproveitar outras oportunidades para se dirigir ao país -inclusive com um pronunciamento oficial, em cadeia de rádio e TV, na próxima semana. A assessoria do presidente afirmou ontem que ele "tem coisas a dizer, vai dizer e terá várias oportunidades para isso, embora ainda não tenha definido quais e como". O Palácio do Planalto avaliou que não foi correto o recuo de FHC nos últimos dias, quando ele se manteve distante do noticiário. Dentro dessa estratégia de reação, além do retorno de FHC à mídia, o governo incluiu ainda a aceleração dos projetos sociais e de uma melhor utilização dos seus resultados. "Eles devem vir agora com mais frequência e mais intensidade", afirmou o porta-voz da Presidência, Sergio Amaral. O porta-voz negou que FHC esteja buscando um novo estilo e um novo rumo para seu trabalho. "O governo não pretende mudar em absolutamente nada seu trabalho. O governo tem um rumo e ele é claro, que são as reformas constitucionais, a defesa e a continuidade do real, as privatizações e a revisão das políticas sociais, tudo isso para se alcançar a reforma social." Amaral disse que FHC considera as reformas "necessárias e continuarão a ser" e que esse governo "será de mudanças, sempre". Sergio Amaral, que também é secretário de Comunicação Social do governo, disse que a queda de popularidade de FHC, verificada por alguns institutos de opinião, não preocupa o governo. "As pesquisas são importantes, mas o governo não pode se pautar por pesquisas de opinião. Ele se pauta pelo programa de governo e toma medidas, ainda que impopulares momentaneamente", disse. Texto Anterior: Governo já repensa estratégia anti-CPI Próximo Texto: MULTIMÍDIA Índice |
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