São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 1997 |
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Exportação de café tem cota mantida Preço continuará alto PAULO HENRIQUE BRAGA
A decisão deve manter os preços nos níveis altos registrados nas últimas semanas. A reação do mercado foi a subida dos preços na Bolsa de Café, Açúcar e Cacau de Nova York. O valor da libra de café teve uma alta de 6,25 centavos de dólar, atingindo US$ 2,465. Na semana passada, o preço do café arábica, exportado pelo Brasil, chegou a US$ 2,775, o maior em 20 anos. Em comunicado, os 14 países da associação disseram que a manutenção das quotas tem o objetivo de "assegurar que os preços se mantenham em um nível remunerativo para os produtores". Segundo o presidente da associação, o embaixador brasileiro em Londres, Rubens Barbosa, a distribuição das alocações da quota entre os países membros será definida nas próximas semanas. "Por causa da situação do mercado e porque as safras ainda não estão bem avaliadas, devemos esperar para fazer essa alocação." A expectativa é que o Brasil, maior produtor mundial, exporte 15 milhões de sacas de 60 kg, mesma quantidade destinada ao país atualmente. A produção brasileira na próxima safra deve ser de entre 20 e 22 milhões de sacas. A reunião foi acompanhada por uma delegação de 14 representantes de associações e de órgãos do governo brasileiro ligados ao setor. Barbosa afirmou que uma nova reunião foi marcada para setembro, mas pode haver um encontro antes da data. A associação não deve deixar os preços subirem a níveis que afetem o consumo. Com preços altos, os consumidores de café tendem a deixar de comprar o produto. Analistas afirmam que a subida dos preços do café se deve à falta de estoques das empresas processadoras do produto, pouca disponibilidade nos países produtores e à ação de especuladores. Texto Anterior: Lei geral das teles é como governo queria Próximo Texto: Nestlé traz marca de rações dos EUA Índice |
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