São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 1997
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Guerra opôs dois grupos

DA REDAÇÃO

A guerra civil em Angola começou às vésperas da independência do país em relação a Portugal, em 1975. Durou mais de 20 anos e devastou o país.
Logo que a independência foi conquistada, o grupo de esquerda MPLA (Movimento Popular para a Libertação de Angola) assumiu o governo. A ele se opôs a Unita (União Nacional para a Independência Total de Angola). A maioria dos estimados 500 mil mortos foi de civis, e as minas terrestres deixadas pelos dois lados são consideradas a principal ameaça, hoje.
O conflito se desenvolveu como uma extensão da Guerra Fria: a Unita recebeu apoio dos EUA, da França e da África do Sul; o MPLA, da ex-União Soviética e de Cuba.
Um tratado de paz só foi alcançado em 1991, permitindo uma interrupção dos combates e prevendo eleições para setembro do ano seguinte.
Mas a Unita não reconheceu a vitória do MPLA nas urnas, e a guerra recomeçou. Em 1993, a ONU impôs sanções sobre o grupo e exigiu que ele aceitasse o resultado da votação.
Dois meses depois, recomeçou o diálogo de paz entre os grupos do presidente José Eduardo dos Santos e do guerrilheiro Jonas Savimbi, que culminou com o tratado assinado em Lusaka (capital da vizinha Zâmbia) em novembro de 1994. A manutenção da paz é garantida por tropas da ONU, que incluem brasileiros.

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