São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 1997
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TRECHOS

"Quando se completou o sexto mês da sua chegada ao Congo, seu acampamento de base foi invadido por tropas governamentais. Che teve tempo de mandar incendiar as choças"

"Desde o momento em que deixou o Congo, Che ficou inteiramente dependente dos serviços secretos de Cuba para sua proteção e sobrevivência. Pela primeira vez em sua vida adulta, não era mais senhor de seu próprio destino"

"Apesar de algumas tentativas retrospectivas de ver algum indício de ideais socialistas no Ernesto Guevara adolescente, quase todos os seus colegas de colégio em Córdoba lembram-se dele como desinteressado por política"

"Fidel levou (Alexandr) Alexiev (embaixador soviético) para dar uma volta, longe dos ouvidos das pessoas no acampamento. 'Alejandro', disse-lhe Fidel, 'você provavelmente notou a ausência de Che. Ele está na África, foi para ficar lá, para organizar um movimento. Mas estou dizendo isso só para o seu conhecimento. Você não deve em hipótese alguma transmitir isso (ao Kremlin)"

"Che aparece (na foto de Korda) como o ícone revolucionário por excelência, os olhos dando a impressão de estarem olhando fixo, com audácia, para o futuro, seu próprio rosto simbolizando a corporificação viril da indignação ante a injustiça social"

"Che expôs a visão que estava desenvolvendo de uma revolução continental (...): 'Demonstramos que um pequeno grupo de homens, apoiado pelo povo e sem medo de morrer quando for necessário, pode superar um exército regular disciplinado (...). Há uma outra (...), que consiste em fazer revoluções agrárias, combater nos campos, nas montanhas, e de lá para as cidades"'

"Ernesto escreveu no seu diário: 'Um acontecimento político foi ter conhecido Fidel Castro, o revolucionário cubano, um homem moço, inteligente, muito seguro de si"'

"O contador Orlando Borrego, com 21 anos de idade, foi designado por Che para (...) presidir um tribunal (...): 'Nisso Che era muito cuidadoso. Ninguém era fuzilado por ter batido em um preso, mas se tivesse havido torturas sérias e assassinatos, então sim, eram condenados à morte"'

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