São Paulo, sábado, 24 de maio de 1997 |
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Todos nós
NELSON DE SÁ
- Era o que amplos setores queriam ouvir... E prestem atenção nesta frase, porque vai receber muitas interpretações: Pedras e coquetéis Molotov são argumentos tão pouco válidos como baionetas, só que menos poderosos. Na mesma linha, o cientista político Bolívar Lamounier, em esclarecedor diálogo com Juca Kfouri, na CNT: - O Brasil tem a sua maior oportunidade. A chance de, com inflação controlada, daqui a pouco voltar a crescer. E na mais ampla liberdade, que jamais desfrutamos. Agora, se começam a ameaçar violência... Não pode. - Bolívar, as pessoas acham que esse é o discurso do bom senso, democrático. Mas eu temo que seja o nosso discurso. Da elite. Como vamos convencer o cara que dorme na rua que o país vai se transformar, mais adiante, no que sonhamos, se a necessidade dele é hoje? - Eu acho, Juca, que o governo, sem prejudicar o plano, precisa fazer algumas coisas significativas na área social... Por outro lado, nós temos que ter a coragem, todos nós, de reconhecer que, quando a legalidade estiver ameaçada, as autoridades têm o dever de recorrer à força. Fechando o desfile, na Globo, Arnaldo Jabor, rugindo contra a resposta da oposição ao discurso de FHC: - Pena que a oposição ache que democracia é palavra burguesa... Até quando teremos de aguentar a loucura desta igreja albanesa que se diz oposição? Brizola, na propaganda, deu aula de fascismo. Isso, fascismo. Em resumo, ninguém se adapta como um tucano. * Mas a quem interessam os tucanos, quando o Jornal Nacional mostra o sequestrador de uma criança sendo morto com um tiro na cabeça? Texto Anterior: Relatório vai trazer "provas cabais", diz Requião Próximo Texto: Vetor ligou 6 vezes ao gabinete de Pitta Índice |
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