São Paulo, sábado, 24 de maio de 1997
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Família não vai ao enterro

PAULO FRANCISCO
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM NATAL

O corpo do comerciante Genildo Ferreira de França foi enterrado ontem, às 9h, no cemitério Bom Pastor, em Natal (RN).
Um grupo de 15 pessoas, a maioria curiosos e funcionários do cemitério, foi até o local onde França estava sendo sepultado. Segundo Nobre, a família não foi ao enterro porque França tinha ameaçado matar os pais no dia anterior.
Contrastando com o sepultamento do criminoso, o enterro coletivo de dez das suas vítimas, em São Gonçalo do Amarante (RN), levou cerca de 3.000 pessoas ao cemitério da cidade, segundo a PM.
Durante o sepultamento, várias pessoas passaram mal e foram atendidas por parentes e policiais.
Para evitar tumulto no cemitério, a PM isolou a área onde as dez covas foram abertas. Apenas um parente de cada morto pôde se aproximar dos túmulos.
(PF)

Os mortos: Francisco Marques Carneiro, 37, taxista; Baltazar Jorge de Sá, 43, sogro de França; Elias dos Anjos Pimenta, 28, ceramista; Manoel Brito Marcolino, 48, vizinho dos pais de França; João Maria Silva de Lima, 38, trabalhador rural; Edilson Carlos do Nascimento, 29, ceramista; Mônica Carlos de França, 19, mulher de França; Francisco de Assis Bezerra, 38, sargento da PM; Tereza Carlos Ribeiro, 41, sogra de França; Maria Valdete Rafael da Costa, 24, ex-mulher de França; Francisca Neide Rafael da Costa, 46, ex-sogra de França; Flávio Silva de Oliveira, 22, deficiente auditivo; Fernando Correia de Souza, 42, caminhoneiro; Antônio Josemberg Campelo, 18, mensageiro; Jairo Ribeiro de Azevedo, 32 (a polícia não sabe se ele foi morto por França).

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