São Paulo, sábado, 24 de maio de 1997 |
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PM mata sequestrador em resgate de bebê
EUNICE GOMES
Ele manteve também mais duas irmãs da menina, G.P., 13, e M.P., 12, como reféns por duas horas. Antes de liberá-las ele estuprou G.P. e tentou violentar M.P. Cerca de 30 homens da Polícia Civil, Guarda Municipal de Valinhos e da Atac (Ações Táticas de Campinas) tentaram por cerca de três horas negociar a libertação da refém que estava com Diego. Ele mantinha C.F. sob a mira de uma faca de cozinha. O sequestro só acabou por volta das 23h, quando o atirador de elite da Atac M.E.B., 23, atirou no olho esquerdo de Diego, que foi levado para a Santa Casa de Valinhos, onde morreu ontem pela manhã. Até as 19h15 ele não havia sido identificado por familiares. Segundo o motorista e pai das meninas, Cláudio Romeu Paulino, 39, há cerca de um mês e meio Diego chegou ao Sítio Figueira, região rural de Valinhos. "Ele disse que havia sido assaltado e que precisava muito de ajuda", disse Paulino. A família decidiu alugar um quarto para Diego. Anteontem, por volta das 18h, Diego entrou na sala da família e tomou C.P. dos braços da mãe, Rosa Ambrosin Paulino, 33. "Eu estava dando de mamar para a menina quando ele tirou ela violentamente do meu colo." Segundo Rosa, G.P. estava na cozinha cortando cebola para fazer o jantar. "A cozinha fica pertinho da sala, é quase no mesmo lugar. Ele pegou a faca de cozinha afiada e colocou no pescoço do bebê", afirmou. Depois, ele mandou G.P amarrar as mãos dos pais e do irmão, D.P., 10, com as fraldas de pano de C.P.. "Ele mandou aumentar o volume do rádio e nós fomos para o banheiro." Diego tentou fugir com uma Kombi da empresa Shangrilá dirigida por G.P.. No carro também estavam as duas meninas. G.P. não sabia dirigir e bateu o carro. Eles andaram cerca de 5 km até parar em um matagal. No local, Diego estuprou G.P.. A polícia chegou por volta das 20h e tentou negociar, mas Diego se manteve irredutível. Texto Anterior: Sobrevivente diz que viu 15 PMs atirando Próximo Texto: Família se esconde Índice |
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