São Paulo, sábado, 24 de maio de 1997
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Viúva não vai à Justiça

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

A viúva do cabo Aladarque Cândido dos Santos, Adriana Reis da Silva dos Santos, disse ontem à Folha que, "por enquanto", a família não pedirá à Justiça indenização pela morte.
Adriana, 22, afirmou que a Marinha tem apoiado a família desde a morte do cabo, ocorrida na segunda passada em Angola.
Ela ficou ontem das 9h às 14h30 na sede do 1º Distrito Naval, no centro do Rio, e foi informada pelos departamentos jurídico e pessoal sobre seus direitos após a morte do cabo.
A viúva soube que receberá pensão mensal (não divulgou o valor) e assistência médica gratuita, benefício extensivo às filhas do casal, Amanda e Andressa.
"Por enquanto, como a Marinha está me dando todo o apoio, não penso em ir à Justiça. Mas, depois que as coisas deixarem de ser divulgadas, não sei os rumos que tomarão", afirmou.
Adriana disse que não pediu à Marinha investigações sobre as circunstâncias do assassinato. Ela recebeu ontem um registro de óbito informando que a morte foi causada por "choque hemorrágico".
"Me falaram que abriram um inquérito para apurar o que aconteceu. Mas essas coisas demoram. Deixo na mão de Deus. Eu não pedi investigação. Isso não vai trazer ele de volta", disse.
Adriana ainda não sabe se vai trabalhar. A pedido do marido, ela abandonara no primeiro ano o curso técnico de patologia clínica.
"Ele preferia que eu não trabalhasse. Ainda não sei o que vou fazer. Deus é quem sabe", afirmou. Ela é evangélica e frequenta a Igreja Quadrangular de Nilópolis (município a 15 km do Rio, na Baixada Fluminense).

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