São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Crescem os negócios na Feira de Goiânia

DA REPORTAGEM LOCAL

A Feira de Goiânia (GO), encerrada no último domingo, durou 16 dias, reuniu um número aproximado de 7.000 bovinos para julgamento e leilões, e deverá apresentar um movimento de negócios superior ao do ano passado.
Os pregões realizados até quinta-feira última, dia 22, alcançaram perto de R$ 1,5 milhão, segundo a Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura, promotora da feira.
Segundo Augusto Zacharias Gontijo, presidente da sociedade goiana, a previsão de atingir os R$ 3 milhões aguardados pelos promotores seria alcançada.
"Os negócios vão indo bem. Há euforia entre os produtores de soja, algodão e café, o que se reflete na comercialização de animais e nos estandes que expõem máquinas agrícolas e calcário", afirmou Gontijo na última sexta-feira.
Apesar de não ter sido fechado ainda o balanço total de comercialização, o movimento deverá ultrapassar o da edição passada da exposição.
"Em 96, o clima no campo era de desânimo", disse Gontijo.
Baias cheias
É o grande número de animais, no entanto, que impressionou na capital de Goiás.
"Seguramente, reunimos mais gado do que a exposição de Esteio," diz Gontijo.
A mostra de Esteio é considerada a mais populosa do país. A de maior faturamento financeiro é a Expozebu, de Uberaba (MG), que invariavelmente vende o dobro das outras exposições.
Somente as raças de corte, que participaram da segunda etapa da mostra de Goiânia, somaram mais de mil cabeças, lotando as baias do parque.
"O nelore predomina. Mas raças européias, como simental, limousin e marchigiana também marcam presença", afirma Gontijo.
Leite
A raça holandesa foi o destaque da primeira semana da feira, quando entraram em pista gado de leite e equinos nascidos no Brasil, como o mangalarga.
"Goiás é o segundo maior produtor de leite do país, o que influenciou a feira, tornando a participação do rebanho leiteiro tão importante como a do rebanho de corte", explica Gontijo.
A pecuária de corte em Goiás avançou bastante nos últimos dois anos, quando o governo do Estado diminuiu pela metade o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a produção de novilho precoce.
Somente em 96, foram abatidas 52 mil novilhos precoces.

Texto Anterior: Projeto pode garantir subsídio à borracha; CNA elabora proposta de plano de safra
Próximo Texto: Brasileiro reúne 300 cavaleiros em Minas
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.