São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 1997
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QM fatura R$ 2 milhões em três dias

DA REPORTAGEM LOCAL

Em apenas três dias (17, 18 e 19 de maio), criadores de cavalo quarto-de-milha faturaram mais de R$ 2 milhões com a venda de 98 animais de elite em São Paulo e no interior do Estado.
Em um dos leilões, que liquidou o plantel do haras Sudimar, pertencente ao criador Mark Nacamuli, o garanhão Quinarius Chance foi negociado por R$ 112,8 mil, maior cotação entre os três pregões que foram realizados.
Além do leilão Sudimar, no Moinho Santo Antônio, em São Paulo, aconteceram ainda os remates Vip, em Porto Feliz, e o Golden 97, em Capela do Alto.
As duas últimas cidades ficam no interior paulista.
"A diferença do cavalo quarto-de-milha em relação às outras raças equinas é a funcionalidade, o que lhe garante o mercado", afirma Marcelo Borges de Andrade, cuja empresa, a MBA, organizou os leilões.
Segundo ele, quem compra um quarto-de-milha para corrida, por exemplo, pode usar o animal durante dois ou três anos na modalidade, e depois passar a utilizá-lo em provas de trabalho, como apartação, baliza e tambor.
"As chances de ganhar dinheiro são maiores. Tanto corrida como provas de trabalho pagam prêmios altos", afirma Borges.
Citando um caso concreto de valorização da raça, ele cita o de Signed By Mama, comprado por Mark Nacamuli por R$ 8.000 quando potro.
"Esse animal ganhou dois grandes prêmios de R$ 20 mil cada um, obteve outras vitórias expressivas, e depois foi vendido pela cifra de R$ 62 mil por Nacamuli", afirma.
No total, o leilão do haras de Nacamuli colocou no mercado R$ 44 animais por R$ 870 mil.
Vip e Golden
No leilão Vip, que aconteceu no haras Rancho das Américas, foi também liquidado o plantel da Agropecuária Boccalato.
No total, 76 cavalos saíram por R$ 442,4 mil, com média geral de R$ 5.800. Somente os 21 produtos do haras Vip receberam preço médio de R$ 12,9 mil.
O maior preço foi pago pela égua castanha Ima Sweet Too, que saiu por R$ 68,4 mil.
Por último, o leilão Golden 97, do criador paulista Wellington Germano de Queiroz, faturou R$ 757,2 mil com a venda de 49 lotes. A média geral atingiu R$ 15,4 mil.
Queiroz apresentou 28 potros de sua criação, filhos do garanhão Holland Ease. O restante da oferta pertencia a outros criadores.
Somente os filhos de Holland Ease saíram pela média de R$ 22,8 mil.
"Quem investe hoje sabe que é necessário a raça unir qualidade com funcionalidade, caso da quarto-de-milha", afirma Wellington Germano Queiroz. Ele vendeu seus cavalos em 12 parcelas mensais e sem juros.

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