São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 1997
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Nasce um candidato; Quase fechado; Cortina de fumaça; Aposta futura; Tempo para reagir; Toque de recolher; Estilo mineiro; Choro tucano; Antipatia explícita; Olhar conservador; Reconstruindo pontes; Notória especialização; Corporação ofendida; Estranha rotina; Dança dos partidos 1; Dança dos partidos 2

Nasce um candidato
A formalização de Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA) como coordenador político do governo será a semente de duas candidaturas: vice na chapa de FHC em 98 e presidente em 2002.

Quase fechado
Quem é próximo a Luís Eduardo define como "semi-aceitação" resposta ao convite de FHC para liderar a coordenação política. Faltam costuras no PSDB, PMDB e no próprio PFL. Cargo: líder do governo na Câmara.

Cortina de fumaça
Para evitar previsíveis ataques do PMDB, do PSDB e da ala do PFL liderada por Marco Maciel e Jorge Bornhausen, aliados de Luís Eduardo continuarão a bater na tecla de que o projeto dele em 98 é o governo da Bahia.

Aposta futura
Na avaliação de Luís Eduardo, a articulação política não terá como piorar. O mínimo que ele fizer a melhorará. Isso assusta PMDB, PSDB e até setor do PFL, que temem o crescimento do baiano como alternativa a FHC.

Tempo para reagir
O governo federal pediu trégua de pelo menos dois meses a dois institutos de pesquisa. Quer que um novo levantamento sobre a popularidade de FHC ocorra somente depois desse período.

Toque de recolher
De Genoino (PT), sobre as sessões extraordinárias do Congresso nesta semana, estratégia governista que permite que deputados recebam sem comparecer: "Os bobos vão a Brasília, e os viajantes embolsam a grana".

Estilo mineiro
Depois de pedir a cabeça de Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos), Aécio Neves (MG) ligou para o ministro: "Estão querendo nos intrigar. Na minha conversa com o presidente ele só falou bem de você".

Choro tucano
Surpreendidos tentando passar a rasteira em Luiz Carlos Santos, os tucanos foram se queixar a FHC. Disseram não criar obstáculos a ninguém, mas querem tratamento igualitário.

Antipatia explícita
As ONGs da área de direitos humanos estão torcendo para que Iris (Justiça) cumpra a promessa de ser articulador político. E deixe as questões de seu ministério para o segundo escalão.

Olhar conservador
A José Gregori, Iris Rezende alegou desconhecer o projeto que limita poder da Justiça Militar votado na Câmara. Lembrava apenas do aprovado no Senado. Despiste. O ministro continua a ver a proposta com restrição.

Reconstruindo pontes
Após d. Lucas (CNBB), foi a vez de a OAB federal acenar para o presidente. FHC recebeu ontem mensagem do presidente da entidade congratulando-lhe pelo "oportuno discurso" contra "baderna" da semana passada.

Notória especialização
O secretário da Fazenda de Santa Catarina, Paulo Prisco Paraíso, que tem origem baiana, fala hoje no Senado, a convite de ACM (PFL). Tema: dívida pública. Paraíso é um dos investigados pela CPI dos Precatórios.

Corporação ofendida
O Exército julga "injustificável" a imprensa se referir a Genildo de França como "ex-soldado". Alega que ele deu baixa há sete anos e que não precisaria de habilidade militar para ter matado 14 pessoas no Nordeste.

Estranha rotina
Nelson Marquezelli (PTB-SP) promete, em nota, explicar hoje como foi parar em sua conta cheque de R$ 173 mil de empresa ligada ao caso dos precatórios.

Dança dos partidos 1
Os deputados federais peemedebistas Pedro Ives e Ary Kara estão de malas prontas para o PPB. O partido espera mais quatro adesões em São Paulo se Maluf confirmar sua candidatura ao Palácio dos Bandeirantes.

Dança dos partidos 2
De olho nas eleições em 98, quando a bancada do PMDB na Câmara deverá diminuir, os deputados federais Aloysio Nunes Ferreira, José Pinotti e Alberto Goldman namoram o PSDB.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
De Cesar Maia (PFL-RJ), sobre a queda de aprovação do governo federal nas pesquisas:
- Se o governo aposta que as coisas melhorarão deixando o tempo passar ou com boa publicidade, quebrará a cara. Deve fazer política. E isso não significa só obter votos no Congresso.

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