São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 1997
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Líderes não aparecem, diz igreja

CRISPIM ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Para a pastoral carcerária da Igreja Católica, metade das rebeliões que ocorrem nas cadeias é organizada e liderada por presos que acabam não aparecendo.
São os integrantes do grupo que comanda a penitenciária, geralmente formado pelos presos mais antigos, pelos mais ricos e pelos mais articulados.
Hierarquia
A distribuição de poder dentro de uma penitenciária segue uma certa hierarquia. Na maioria dos presídios, existem subgrupos, formados por presos que têm algum tipo de afinidade (assaltantes de bancos, traficantes, gangues de bairro etc.).
Esses subgrupos, "subordinados" ao grupo de comanda a penitenciária, "dominam" o restante dos presos que, na maioria dos casos, é o pelotão de frente de uma rebelião.
Obedecendo a hierarquia interna, sempre que há um motim, o grupo que comanda a penitenciária é quem indica o preso que será responsável pelas negociações com a polícia e com o juiz. Dificilmente, alguém do "primeiro escalão" é o negociador.
(CA)

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