São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 1997
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Empréstimos crescem 82%

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O volume de crédito para pessoas físicas aumentou 82,2% em 12 meses, enquanto os empréstimos para o setor privado em geral cresceram apenas 9,4%, conforme dados divulgados ontem pelo Banco Central.
Os dados estão atualizados até o último mês de março, antes de o governo começar a adotar medidas para conter o crédito às pessoas físicas com o objetivo de reduzir as importações.
Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, os empréstimos para pessoas físicas englobam concessão de cheque especial, crédito direto ao consumidor e crédito pessoal.
Em março de 1996, havia R$ 12,18 bilhões em empréstimos destinados a pessoas físicas. Esse número chegou a R$ 22,20 bilhões em março deste ano, incluídos os juros das transações.
No mesmo período, o comércio registrou uma queda de 9,3% no volume de crédito recebido do sistema financeiro. Em março de 1996, o setor tinha R$ 23,34 bilhões em crédito. Esse número caiu para R$ 21,16 bilhões agora.
Os empréstimos para o setor rural caíram 5,1% (de R$ 20,281 bilhões para R$ 19,252 bilhões). Na área habitacional, a queda foi de 2,1% (de R$ 52,420 bilhões para R$ 51,322 bilhões).
Lopes disse que uma das hipóteses para a redução do volume de crédito a esses setores é a pouca demanda.
A equipe econômica já identificou aquecimento do consumo nos setores de automóveis e eletroeletrônicos. Mas o presidente do BC, Gustavo Loyola, negou ontem que o governo esteja estudando reduzir os prazos dos consórcios de automóveis de 50 para 36 meses.
O governo já elevou o IOF dos empréstimos a pessoas físicas de 6% para 15%.

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