São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 1997
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Corinthians larga com ligeira vantagem

MATINAS SUZUKI JR.
DO CONSELHO EDITORIAL

Meus amigos, meus inimigos, quis a tabela que os vencedores dos dois jogos da primeira rodada do quadrangular decisivo do Campeonato Paulista cruzassem, na segunda rodada, invertendo os adversários, com os dois times que perderam na rodada inaugural.
Corinthians e São Paulo, com três pontos, podem jogar contra Palmeiras e Santos pelo empate, ficando com quatro, e deixar o tudo ou nada para o confronto final entre os dois (nesse cenário, Santos ou Palmeiras só conseguiriam chegar a quatro pontos).
Essa combinação de resultados favoreceria o Corinthians, que pode ficar com o título com dois empates (se ele e o São Paulo empatarem com Palmeiras e Santos na próxima rodada e também empatarem no confronto direto, o alvinegro paulistano leva a vantagem da melhor colocação, pois ficou em 3º lugar na fase de classificação, e o São Paulo, em 5º. Nesse cenário, o campeão independerá do resultado de Palmeiras x Santos).
Antes de prosseguir nessa análise, é preciso fazer um parênteses. As opiniões que ouvi e li após a primeira rodada não estão levando em consideração que os times terão uma semana inteira para a preparação da próxima rodada.
No futebol de hoje, futebol de agenda superlotada, esses dias, para os treinadores, serão como uma eternidade.
Em tese, essa semana de intervalo favorece mais os perdedores do que os ganhadores.
Em primeiro lugar, porque esfria o ânimo dos vencedores ao estabelecer uma pausa prolongada, ao interromper o ímpeto de quem vinha embalado pelos gols.
Em segundo lugar, porque uma semana é muito tempo no futebol, e muita coisa pode acontecer até sábado.
Para um técnico experiente como Wanderley Luxemburgo, por exemplo, um tempo dessa dimensão será uma oportunidade preciosa de trabalho com os jogadores do Santos.
Luxemburgo que, se não puder ficar no banco de reservas, será o grande desfalque do Santos. É inquestionável que o alvinegro santista sente a necessidade de ter seu comandante no front de batalha, qual um César levando suas divisões para a vitória.
Talvez Luxemburgo faça mais falta ao Santos do que Denílson ao São Paulo, pois o forte do tricolor está na dupla de conclusão. Como ao Santos só interessa a vitória, Dodô e Aristizábal entram para jogar do jeito que mais gostam: na velocidade da contra-ofensiva.
A semana será providencial para o Palmeiras, que está na situação mais difícil. Márcio Araújo terá tempo para trabalhar a assimilação da derrota pelos jogadores e para tentar o que parece impossível contra um Corinthians que jogará sem o seu principal jogador, Marcelinho.
Sem o pezinho mágico da mágica camisa sete, Nelsinho Batista tem pelo menos uma vantagenzinha nos números (além disso, jogará no domingo sabendo o resultado do jogo do São Paulo, no sábado).

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