São Paulo, quinta-feira, 29 de maio de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Laudos do IML confirmam que tiros mataram manifestantes Documentos mostram trajetória das balas nas vítimas DA REPORTAGEM LOCAL O laudo do IML (Instituto Médico Legal) sobre a trajetória das balas que mataram três sem-teto no conflito com a PM do último dia 20, na Fazenda da Juta (zona leste de São Paulo), confirmou que o manifestante Crispim José da Silva foi morto com tiro na nuca, segundo informação do promotor designado para o caso, Francisco José Tadei Cembranelli.O laudo foi entregue ontem ao delegado-titular da 8ª Delegacia Seccional, Antonio Mestre Júnior. A bala que atingiu Silva ficou alojada no meio do crânio, na altura da bochecha. A que vitimou Geracir Reis de Moraes fez uma trajetória de cima para baixo, de trás para frente, na altura do peito, e o atingiu nas costas, segundo Cembranelli. Ainda de acordo com o promotor, Jurandir da Silva foi atingido do lado direito do tórax. A bala saiu pelo lado esquerdo. Segundo ele, os laudos do IML serão confrontados com análises da perita Glays Regina Soares de Oliveira, que realizou medições no local e está analisando as fitas de vídeo que foram gravadas durante o conflito. "A partir da confrontação desses dados, será possível saber a posição em que estavam os responsáveis pelas mortes", afirmou Cembranelli. Três dos oito oficiais do 21º Batalhão da PM que chefiavam a tropa no dia do conflito iam depor ontem na 8ª Seccional. O primeiro depoimento, do major Ademir Vituri, que comandou a equipe de oficiais na ação, não havia terminado até as 19h30. Os depoimentos dos oficiais serão comparados com um croqui do local onde aconteceu o conflito. Texto Anterior: Polícia está sem controle e deve ser reformulada, diz secretário Próximo Texto: Polícia mata 9 pessoas em favela do Rio Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |