São Paulo, sexta-feira, 30 de maio de 1997
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Caso é o 3º em uma semana

DA REPORTAGEM LOCAL

O assassinato do detento Antônio Marcos Freire foi o terceiro crime grave ocorrido na Casa de Detenção de São Paulo nesta semana. Nesse período, houve também uma rebelião e um resgate de preso.
O primeiro caso aconteceu na segunda-feira. Júlio Pereira, 31, que estava preso no pavilhão 8, foi resgatado no momento em que era transferido da Detenção para o Hospital do Mandaqui (zona norte).
Ele cumpria pena de 44 anos de prisão por roubos a bancos. O resgate ocorreu às 12h. Alegando ter sido esfaqueado na cela, Pereira conseguiu que o levassem ao hospital. Mas a ambulância foi fechada por um Tempra com cinco homens.
Armados com metralhadoras e espingardas, o grupo rendeu os três agentes penitenciários da escolta. O Tempra usado pelo grupo era roubado.
Rebelião
Na quarta-feira, 13 presos dos pavilhões 7 e 9 mantiveram 12 agentes penitenciários como reféns por sete horas. A rebelião começou quando os detentos foram chamados ao pavilhão 4 a fim de serem submetidos a exames psicológicos.
Os amotinados ameaçavam matar os reféns caso não fossem transferidos para a Penitenciária de Avaré (SP). A exigência foi aceita pela direção da Detenção, e os reféns, libertados.
O presídio testemunhou também outras duas rebeliões este ano. Uma ocorreu no pavilhão 6 e a outra no pavilhão 8. Não houve mortes e ninguém ficou ferido nesses motins.

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