São Paulo, sexta-feira, 30 de maio de 1997
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'Reis da Bahia' lutam por mundiais

EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os irmãos Freitas, Acelino, peso-leve, e Luís Claudio, peso-pena, celebridades do esporte na Bahia, onde atraem centenas de espectadores às suas apresentações, estão conquistando também o mundo do boxe internacional.
Nos próximos dias 27 e 28, ambos, mais o paulista Rogério "Toro" Cacciatori, retornam à Costa Rica e participam da segunda fase do torneio Boxcino.
Nesta etapa, os combates terão duração prevista para dez assaltos.
Participam pugilistas de oito países: Argentina, Brasil, Colômbia, México, Panamá, Porto Rico, Venezuela e Estados Unidos.
Os vencedores da competição, cuja etapa final será em setembro, ganharão uma bolsa em dinheiro, a oportunidade de enfrentar o campeão norte-americano de sua respectiva categoria e um contrato com a TV a cabo ESPN.
No início do mês, os três estrearam com vitória na competição, mas a estrela da noite foi Acelino, conhecido na Bahia como "Popó", que impressionou a todos com um nocaute no primeiro assalto contra John Montantesz -norte-americano ranqueado pelo Conselho Mundial. A performance valeu a Acelino o apelido de "mão de pedra", em uma alusão ao legendário Roberto Durán.
Para não ficar atrás, Luís Claudio venceu, também por nocaute, o venezuelano Ramón Guzman, que disputou o título mundial dos penas. O paulista Cacciatori superou, na mesma rodada, por pontos, o venezuelano Carlos Ugueto.
Espelho
As carreiras de Popó e Luís Claudio estão ligadas de maneira intrínseca. Os dois inclusive têm o mesmo cartel: dez lutas, dez vitórias, todas por nocaute.
O primeiro começou a praticar o boxe por causa do irmão, que cuidava dele e de seus irmãos quando sua mãe não estava em casa.
"Quando ele se casou e saiu de casa, em 1990, senti sua falta e passei a acompanhá-lo ao ginásio para passar um tempo com ele", explica Popó. "Peguei gosto pela coisa."
Os dois fizeram as estréias profissionais no mesmo dia e lutam nas mesmas programações. Para fortalecer os laços que os unem, um serve de sparring para o outro.
Ambos garantem que a fama, no caso da conquista de um título, não mudará nada. "Nos inspiramos em nós mesmos", diz Popó. "Somos ídolos uns dos outros."

LEIA MAIS sobre boxe na coluna 'Sparring', na pág. 3-12

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