São Paulo, sexta-feira, 30 de maio de 1997
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Falta de patrocínio tira festival internacional do calendário

Nescafé & Blues perdeu US$ 350 mil; evento traria Buddy Guy

EDSON FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Falta de patrocínio. Essa foi a única razão responsável por deixar São Paulo sem o seu já tradicional festival de blues em maio.
Cesar Castanho -promotor do evento, que até o ano passado era conhecido como Nescafé & Blues- já havia contratado artistas e definido as datas no Palace.
Mas, na hora decisiva, os patrocinadores não compareceram com os US$ 350 mil necessários para tocar o festival adiante.
O início do evento estava marcado para o dia 8 deste mês. Estavam confirmadas as presenças dos guitarristas Buddy Guy e Otis Rush, além do gaiteiro Junior Wells.
"Eu já havia pago o sinal para esses músicos. O cancelamento vai tornar mais difíceis as negociações futuras. A agência de um deles nem quer mais discutir o assunto", lamenta Castanho.
Agora, o promotor não vai mais correr atrás de nomes até fechar as cotas de patrocínio.
Formato
Castanho diz que seria possível trazer alguns músicos isoladamente, o que descaracterizaria o evento. "Não vou abrir mão do formato. Até porque há músicos que só viriam ao Brasil para participar de um festival".
O formato defendido pelo promotor é de quatro noites de shows. Em todas elas, três atrações (duas internacionais e uma nacional) se revezariam no palco.
"A diferença é que, neste ano, a última bateria de shows estava programada para acontecer no parque Ibirapuera."
Caso consiga patrocínio até agosto, Castanho diz que realiza o festival ainda neste ano.
Se possível, ele quer manter a programação inicial. Sem revelar nomes, Castanho diz que o festival terá uma noite do blues de Chicago, outra com blueseiros britânicos, além de trazer novos músicos norte-americanos e brasileiros.
Na versão original, a noite de Chicago estava garantida com as presenças de Guy, Rush e Wells.
"Chicago queria divulgar o festival que acontece lá em junho, e nós estaríamos enviando brasileiras para divulgar o nosso", diz Castanho.

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