São Paulo, domingo, 1 de junho de 1997
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País tem 100 mil portadores

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

A estimativa inicial da Fundação Nacional de Saúde (FNS) era de que existiam cerca de 100 mil portadores crônicos do vírus da hepatite B no Brasil. Essa estimativa é baseada em dados antigos que verificaram a presença do vírus em amostras de bancos de sangue do país e pode estar subestimada.
Os países mais desenvolvidos -que fazem notificação compulsória- têm estatísticas de que 1% a 2% da população está contaminada pelo vírus B. Segundo Hoel Sette Júnior, no Brasil, imagina-se que a população dos grandes centros urbanos segue esse padrão.
No entanto há uma série de áreas com números bem mais altos no país. Na região amazônica, a prevalência -número de casos na população- é da ordem de 8%. Números semelhantes aparecem no Espírito Santo, Santa Catarina e Paraná. As crianças e adolescentes que habitam essas regiões têm maior chance de entrar em contato com o vírus e de se contaminar.
Alguns bancos de sangue do Acre chegam a mostrar um índice de 80% de anticorpos -o que indica que cerca de 80% da população já entrou em contato com o vírus. Desse número, cerca de 10% ainda têm o vírus ativo e podem contaminar outras pessoas.
Dados da OMS mostram que 88% dos casos de hepatite B no mundo acontecem em regiões que têm alta prevalência da doença.
A hepatite B é hoje nos EUA a terceira causa de transplantes de fígado. Ela só perde para a hepatite C e para o alcoolismo.
(JB)

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