São Paulo, domingo, 1 de junho de 1997
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Brincadeiras conquistam a simpatia dos usuários

DA REPORTAGEM LOCAL

"Um elefante incomoda muita gente, dois elefantes incomodam muito mais... ", canta ao telefone a monitora Rosângela T., 26, depois de ser chamada por um usuário na linha. "Às vezes, um simples gesto nosso ajuda aqueles que ligam e não estão numa boa", diz.
Apesar de não ser uma prática constante, segundo as monitoras, "há momentos em que dar uma palavra faz toda a diferença". Há dez meses trabalhando como monitora, Rosângela afirma que os usuários são receptivos quando é feita intervenção em um grupo.
"Na maioria das vezes, somos chamadas para fazer mudanças de grupo e não para repreender." Mesmo assim, diz ela, quando é preciso dar um corte numa conversa mais 'picante' ou num bate-boca -comum entre entendidos (homossexuais) e heterossexuais-, não há problemas.
"Não fico constrangida em ter que dizer para maneirar no papo. E o pessoal leva numa boa."
Raquel
Entre uma conversa e outra, as monitoras acabam colecionando algumas histórias pessoais.
No ano passado, uma empregada doméstica -na época, com 16 anos- ligou para o Dique-Amizade. Apertou o asterisco e contou para a monitora -que se identificou como Raquel- que estava grávida e não sabia o que fazer.
A monitora a ouviu por alguns minutos e depois desligou. No mês passado, essa mesma usuária ligou e pediu para avisar a monitora que ela teve uma menina e que colocou o nome de Raquel.

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