São Paulo, domingo, 1 de junho de 1997 |
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Ronaldinho preocupa Zagallo na França
MARCELO DAMATO
O atacante Ronaldinho, que acompanhou à distância o fracasso das negociações para renovação de seu contrato com o Barcelona, teve atuação apagada na derrota para a Noruega, na sexta-feira, em Oslo. Jogador eleito o melhor do mundo no ano passado, o brasileiro não deu nem sequer um chute a gol na derrota por 4 a 2. Antes dessa partida, o próprio Zagallo reconhecera que a indefinição sobre o futuro de Ronaldinho estava mexendo "com a cabeça do jogador". O tamanho de sua frustração por não continuar no clube espanhol pode ser sentido pela decisão de nunca mais jogar lá enquanto o presidente José Luiz Nuñes estiver no cargo que ocupa no Barcelona há 19 anos. A preocupação de Zagallo deve crescer ainda mais porque "outra novela está começando", segundo sua expressão. Essa novela é a definição do futuro clube do atacante. Nesta terça-feira, o presidente da Internaziole de Milão, Massimo Moratti, deverá depositar US$ 32 milhões para romper o contrato do brasileiro com o clube catalão. A Inter aceitou pagar os US$ 5 milhões anuais, livres de impostos, que Ronaldinho quer. Os procuradores do jogador não fecharam negócio porque ainda esperam que Sergio Cragnotti, controlador da Lazio, cubra a proposta. O jogador disse que não quer tocar no assunto até o fim da Copa América, em junho. Mas é impossível que o assunto fique congelado até lá. Olimpíada O outro fantasma de Zagallo é a trajetória da seleção brasileira na Olimpíada de Atlanta, no ano passado. A equipe brasileira iniciou a competição como favorita absoluta, mas terminou em terceiro, após uma campanha irregular. O ponto decisivo dessa virada para pior foi a derrota na estréia, 1 a 0 para o Japão. Depois daquele jogo, reconhece Zagallo, os brasileiros não conseguiram recuperar a tranquilidade. Essa campanha em Atlanta chegou a derrubar atletas, como os ex-palmeirenses Rivaldo e Amaral, que nunca mais voltaram à seleção. Embora esta equipe seja diferente e esteja com os seus dois principais líderes, Dunga e Romário, Zagallo teme que a inesperada derrota de 4 a 2 para a Noruega possa ser o começo de uma nova trajetória de instabilidade. Mas esse temor acabará, certamente, se a seleção obtiver uma vitória sobre a França. Texto Anterior: Brasil esportivo Próximo Texto: Jogo é difícil, diz Leonardo Índice |
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