São Paulo, sábado, 7 de junho de 1997
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Verde alega mal-entendido

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ

Domenico Verde, 56, atribuiu a um artifício da Justiça italiana o envolvimento de seu nome com a máfia. Disse que foi usado o "código da máfia" na ação contra ele e outros acusados de corrupção para permitir a prisão preventiva.
Em entrevista exclusiva à Agência Folha, Verde reafirmou que não conheceu Paulo César Farias e negou ter-se encontrado com PC na Tailândia, em 93.
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Agência Folha - O sr. nega participação, mas seu nome está envolvido com a máfia.
Domenico Verde - Na Itália, o juiz não pode prender preventivamente alguém só por manipular obras públicas. Então, colocaram no processo um código de máfia, o 416/bis, que permite a prisão preventiva. Não foi só para mim, mas para 54 pessoas, entre elas dois engenheiros da ferrovia italiana.
Agência Folha - Por que o sr. estava sendo procurado?
Verde - Havia um mandado de busca (prisão) para mim, em 96, só que eu estava no Brasil. Por isso não fui preso. As outras 53 pessoas foram presas e, um mês depois, estavam soltas. Não tiraram o mandado contra mim, porque não conseguiram me interrogar.
Agência Folha - O sr. é suspeito de atuar com PC e tê-lo visitado na Tailândia.
Verde - Nunca vi ele na minha vida. Você pode verificar no meu passaporte aqui no Brasil. Nunca estive na minha vida na Tailândia.
Agência Folha - O sr. disse que vive de renda no Brasil.
Verde - Eu tenho comprovante que trouxe do exterior meu dinheiro.

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