São Paulo, sábado, 7 de junho de 1997
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Vigilante diz a juiz que shopping que explodiu tinha cheiro de gás

Encerrados depoimentos de testemunhas da promotoria

DA REPORTAGEM LOCAL

Terminaram ontem os depoimentos das testemunhas da promotoria ("acusação") no processo criminal sobre a explosão do Osasco Plaza Shopping.
O vigilante José Antônio Lima de Souza, que trabalhava no shopping na época do acidente, declarou ao juiz Cláudio Antônio Marques da Silva, da 2ª Vara Criminal de Osasco, que ele e ex-colegas sentiram cheiro de gás nas dependências daquele centro comercial.
A explosão, que aconteceu no dia 11 de junho de 96 e matou 42 pessoas, foi provocada, de acordo com a perícia, por um vazamento e acúmulo de gás GLP (gás liquefeito de petróleo) na base do edifício, sob a praça de alimentação.
A promotoria tenta provar que houve negligência por parte da administração do shopping, que saberia do vazamento e não teria interditado a área.
Já o também vigilante Sebastião José Silva Júnior afirmou que sentiu "um cheiro forte" no shopping, mas que não poderia garantir se era gás ou outra substância.
No primeiro depoimento de Silva, no inquérito policial sobre o caso, ele havia dito que o odor era de gás. Ontem, ao juiz, declarou que usou o termo apenas por "força de expressão".
Os dois depoimentos marcaram o final dos interrogatórios a testemunhas da promotoria. A partir de 8 de agosto, passarão a ser ouvidas, em audiências, as testemunhas da defesa. Não existe previsão de quando sairá a sentença.
Segundo a promotora Marilu de Castro Abreu, os administradores do shopping respondem por crime de explosão. Para ela, se condenados, alguns podem pegar pena mínima de seis anos de prisão.

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