São Paulo, sábado, 7 de junho de 1997
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Organizadas provam 'força'

MRH
DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto a Federação Paulista de Futebol e a Polícia Militar prosseguem com o mesmo discurso há dois anos, reafirmando que as torcidas organizadas estão banidas dos estádios paulistanos, cenas de confronto e violência marcaram a partida decisiva do Paulista-97.
A Folha acompanhou os maiores grupos organizados do Corinthians (Gaviões da Fiel e Camisa 12) e do São Paulo (Independente), anteontem, e apurou que pelo menos 25 mil torcedores presentes no Morumbi (de um total de 60 mil) pertenciam a alguma facção.
Sem a tradicional divisão das torcidas, abolida pela FPF e pela PM, corintianos e são-paulinos combinaram uma "trégua" e demarcaram seus territórios no estádio.
"Ficou acertado que, se alguém quiser briga, nos encontraremos depois do jogo", afirmava D.F., 14, sócio da Torcida Independente.
O saldo desse "encontro" foi um tumulto generalizado no centro de São Paulo, um menor detido com uma bomba caseira e pelo menos 30 ônibus depredados.
"É a clandestinidade que motiva a violência", afirma Cláudio Romero, da Camisa 12.

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